A Comissão Política concelhia do PSD de Ílhavo assume relatório e contas como símbolo de “rigorosa gestão financeira do Município” e diz que as divisões na bancada do PS confirmam que o Executivo liderado por Fernando Caçoilo está a baralhar o principal partido da oposição.
Repete declarações do autarca e afirma a saída antecipada do "Pacto de Ajustamento Financeiro" como espelho do sucesso dessa governação.
Documentos aprovados,a na sexta, em Assembleia, com 13 votos favoráveis do PSD, 9 abstenções das bancadas do PS, BE e CDS e 3 votos contra de Deputados socialistas.
A concelhia PSD regista a “discrepância” de sentido de voto entre a Vereação do PS de Ílhavo na Câmara Municipal e o sentido de voto da bancada socialista na Assembleia Municipal.
“O que é o expoente desse desnorte político-partidário é termos constatado que na própria bancada do PS de Ílhavo da Assembleia Municipal o sentido de voto tenha sido diferenciado entre a abstenção e o voto contra na aprovação do Relatório e Contas de 2017, o que significa, tão somente, uma evidente falta de consolidação de estratégia e visão política para o Município de Ílhavo”.
A estrutura liderada por Carlos António Rocha vai mais longe e diz ter presenciado uma “retórica surreal” em que se faz a “defesa explícita da brutal carga de impostos aplicada por este Governo como algo de muito positivo e a acusação da aplicação no Município da atual taxa de IMI (que desceu 6,25% este ano e que teve sempre a promessa eleitoral do PSD de ajustar o valor sempre que as condições o permitam) como algo muito negativo”.
A Câmara de Ílhavo conclui 2017 com mais uma redução da dívida bancária de médio e longo prazo (menos 17,92% em relação a 2016) atingindo o valor de 10.5 milhões de euros. A dívida a fornecedores, incluindo as faturas em receção e conferência, rondam os 3 milhões de euros num quadro que o PSD define como “perfeitamente equilibrado e ajustado à realidade do Município”.
As taxas de execução de receita e despesa e o investimento são colocados como símbolo de uma gestão “rigorosa” e o resultado líquido do exercício de 2017, no valor 2.9 milhões, como marca de “eficaz gestão financeira” e “bom equilíbrio orçamental”.
As críticas do PS estiveram centradas nos níveis de investimento mas a maioria afirma-se confortável com a execução da despesa.
“No que respeita à despesa o valor pago em 2017 foi de 22.213.136,96 euros, sendo distribuída pela despesa corrente de 14.179.210,44 euros, e pela despesa de capital, designadamente de investimento no valor de 8.033.926,52 euros, evidenciando uma grande capacidade de controlo de custos e um considerável valor de investimento, tendo o nível de execução financeira da despesa paga atingido os 85,25%”.
Quanto às Grandes Opções do Plano, e respetivo Orçamento, a sua execução financeira foi de 12 milhões, correspondendo uma taxa de realização de 95,03%, com várias empreitadas emblemáticas como a Rotunda da Barra, o Centro Escolar da Gafanha da Aquém, a Requalificação da Escola da Marinha Velha, o novo Quartel da GNR de Ílhavo, a Casa da Música da Gafanha da Nazaré, a Casa Mortuária da Gafanha do Carmo, a Remodelação e Conservação do Parque Escolar, a Requalificação do Largo da Bruxa na Gafanha da Encarnação, a Rede de Drenagem de Águas e Resíduos Pluviais da Gafanha da Nazaré, a Requalificação de diversas pracetas e parques de estacionamento, requalificação de vias municipais, entre outros.
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