Reina o silêncio na rua onde morava Fernando Mendonça, o pescador da Gafanha da Nazaré que morreu no naufrágio do arrastão Olívia Ribau. O peso do luto é grande e as palavras custam a sair, mas a emoção toma conta de Sandra Mendonça, a mais velha de cinco filhos. “Ele era o meu herói e morreu como um herói”, recorda, com os olhos rasos de água. “O meu pai nunca estava em casa, porque o apelo do mar era sempre mais forte e era preciso ganhar a vida”, diz Sandra, recordando a ausência do pai em acontecimento familiares marcantes.
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