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22-10-2009

Nelson Oliveira correu o contra-relógio com uma bicicleta oferecida


Nelson Oliveira - A humildade de um campeão

Nelson Oliveira, conquistou para Portugal a primeira medalha de prata nos Campeonatos do Mundo de Ciclismo de contra-relógio de Sub/23, realizados recentemente em Mendrisio, na Suíça. Um feito histórico para o ciclismo português, que revelou também internacionalmente o valor do jovem corredor como contra-relogista, condição comprovada semanas antes com o 5.º lugar na prova individual da Volta a França do Futuro. Um pódio num Campeonato do Mundo é, sem dúvida, o resultado mais visível de um jovem com um palmarés e uma sala de troféus invejável, que lhe abre outras perspectivas de carreira. "Gostava de correr numa equipa Pro Tour. Participar na Volta à França é um sonho que tenho há muitos anos e gostava de ser campeão do mundo", disse-nos o jovem de 20 anos.

Surpresa. Nelson Oliveira é um jovem de uma humildade extrema. A conquista da medalha de prata em nada alterou a forma simples de falar. Filho de Celestino Oliveira, antigo corredor do Sangalhos - "foi o meu pai que me meteu o bichinho do ciclismo aos 5 anos", garante - Nelson é natural de Azenha, pequena aldeia perto de Vilarinho do Bairro, no concelho de Anadia.

Instado a pronunciar-se sobre o significado de ter conquistado a medalha de prata e da notoriedade que ganhou a nível nacional e internacional, Nelson Oliveira foi igual a si próprio: "Não estava à espera de conseguir este lugar. O meu objectivo era ficar nos 10 primeiros e o segundo lugar foi uma surpresa para mim. Só caí em mim quando recebi a medalha. Dedico-a aos meus familiares e amigos, ao meu primeiro treinador no Sangalhos, Luís Queirós, à Escola Ciclismo Fernando Carvalho e a todos os que me têm acompanhado na modalidade."

Nelson Oliveira correu o contra-relógio com uma nova bicicleta, que tem uma história engraçada, como nos contou: "José Poeira, seleccionador nacional, tem uma excelente relação com João Correia, um emigrante radicado nos EUA, que enviou uma bicicleta para a Federação. O seleccionador trouxe a "máquina" à Mealhada, treinei com ela quatro dias antes de partir para a Suíça. Consegui o feito com a nova bicicleta, mas o que me marcou foi o João Correia vir de propósito dos EUA para me conhecer e oferecer-me a bicicleta."

Atleta com o estatuto de Alta Competição, Nelson Oliveira, com esta performance, já tem várias propostas quanto ao seu futuro próximo, pesando na mesa, entre outros, um convite LA - Paredes Rota dos Móveis, Boavista, Xacobeu Galícia, Caixa Rural, ambas de Espanha. A equipa norte-americana Garmin sondou também o corredor bairradino através de um amigo na Suíça. Quanto ao seu futuro, disse: "Tenho mais dois anos de Sub/23. Se permanecer nesta categoria poderei ficar onde estou, como mudar. Recebi vários convites mas ainda não decidi nada."

O jovem começou a correr no Sangalhos. Como nos confessou, ainda não teve oportunidade de visitar o Velódromo. "Com esta estrutura, o Sangalhos devia formar uma equipa. Haja vontade e dedicação, embora os tempos sejam de crise. Foi pena ter acabado."

O pai, Celestino Oliveira, acompanhou a prova pela TV e ficou emocionado com o desempenho do filho: "Sonhei que fosse campeão do mundo, ficou lá perto. Acredito que, se o seu treinador Fernando Carvalho o tivesse acompanhado no contra-relógio, o Nelson teria sido campeão do mundo, porque em todos os contra-relógios que ganhou teve sempre a sua presença. A carreira dele tem-me surpreendido. No meu tempo era diferente, não tinha os apoios que ele tem agora". O ex-ciclista do Sangalhos costuma dar conselhos ao filho, diz que podia ganhar mais provas se não fosse tão marcado pelos adversários, que tem condições para melhorar como sprinter e nas subidas e não conhece ninguém com a idade do Nelson que tenha tantos troféus conquistados.

Manuel Zappa

zappa@jb.pt


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