A Ria de Aveiro vai beneficiar de um avultado investimento integrado num programa governamental chamado Polis Litoral. A sociedade Polis Litoral Ria de Aveiro - Sociedade para a Requalificação e Valorização da Ria de Aveiro, S. A. criada pelo ministério do ambiente envolve pela primeira vez o Governo e a CIRA - Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro - Baixo Vouga (CIRA).

A Polis Litoral Ria de Aveiro intervirá finalmente na Ria de Aveiro, numa lógica de valorização e qualificação, tendo como base de partida, o Plano Intermunicipal de Ordenamento da Ria de Aveiro "Unir@Ria", desenvolvido pela extinta AMRia. Com reconversão da AMRia em CIRA coube a esta entidade envolver-se na negociação final deste projecto. Com a assinatura deste compromisso, sábado passado, a Região de Aveiro ganhou pela primeira vez uma capacidade de intervir num recurso que é seu e que tantas vezes lhe foi negado. Depois de anos, demasiados anos, de abandono, que até já fez sentir como boa a toda prepotente JAPA, a Ria de Aveiro vai ter um investimento coordenado e organizado.

Só isso já valeu a pena.

Daqui para a frente a batalha passa por adquirir por direito próprio a gestão dos recursos da Ria. Para a população de todo este vasto território que interage com a laguna de Aveiro e todos as suas componentes aquáticas esta é, sem dúvida, uma época de esperança e de sonho. Claro, que só poderemos cantar vitoria ao fim dos cinco anos com a extinção da sociedade e verificarmos se todas as obras foram executadas. Vamos avaliar se problemas realmente importantes como a defesa das costa e das margens, a dragagem da ria, a recuperação da pateira de Fermentelos, das barrinhas de Mira ou de Esmoriz, a integração das actividades de lazer e piscícola foram ou não cumpridos.