Promovido, uma vez mais, pelo NEVA - Núcleo Empresarial de Vagos, chegou ao fim o projecto de segurança das praias da Vagueira e Areão. Ainda que de "olhos bem abertos", os nadadores-salvadores deram, no dia 14 de Setembro, o último mergulho (simbólico), e pode dizer-se que a época balnear terá decorrido sem grandes sobressaltos.
No balanço feito a uma rádio local, Vítor Santos, que cumpre funções na Vagueira pelo terceiro ano consecutivo, destacou que a praia teve este Verão mais areal, e por consequência "foi mais frequentada que em anos anteriores". Uma situação que terá obrigado, segundo referiu, a um maior reforço de vigilância e prevenção.
No decorrer do período em análise, verificaram-se 15 salvamentos. Números que Vítor Santos considera não serem exagerados, devido às "correntes perigosas" que as praias de Vagos tiveram ao longo da época.
A situação mais complicada ocorreu a 22 de Julho, na praia do Areão, quando um indivíduo, de 50 anos, foi arrastado pela corrente, com o filho, de 17. Dias antes, também no Areão, um homem de 48 anos, residente em Mamarrosa, foi encontrado inanimado junto à beira-mar, em situação de paragem cardiovascular.
Tratado no local, o episódio teve desfecho feliz, por se encontrar perto um bombeiro da corporação de Vagos e uma médica que presta serviço nos Hospitais da Universidade de Coimbra. Já na praia da Vagueira, os nadadores-salvadores resgataram do mar pai e filha, com 44 e 12 anos de idade, respectivamente.
A situação de correntes de mar, que acontece geralmente com as marés vivas, cria "agueiros" e passa despercebida à grande maioria dos veraneantes. Segundo o coordenador, Paulo Anastácio, "verifica-se que os banhistas costumam aventurar-se em demasia, sem acatar à primeira as ordens ou conselhos dos nadadores-salvadores".