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02-07-2008

Inauguração do Pavilhão O Desportivo de Ancas


Ancas - Inauguração com lágrimas e cheia de emoção

A Freguesia de Ancas viveu, no passado sábado, um dia mágico, com a inauguração do Pavilhão O Desportivo de Ancas.

Tratou-se de uma inauguração marcada pelas lágrimas e pela emoção. Nelson Oliveira, presidente do Desportivo de Ancas, Litério Marques, presidente da Câmara Municipal de Anadia e Arménio Cerca, presidente da Junta de Freguesia de Ancas, não conseguiram evitar as lágrimas, tal como alguns habitantes de Ancas, que encheram por completo as bancadas da nova infra-estrutura, uma obra orçada em cerca de 400 mil euros e que foi totalmente suportada pela Câmara Municipal de Anadia.

Não foi, por isso, de estranhar que Litério Marques fosse o centro de todas as atenções, ele que no final fechou com chave de ouro as cerimónicas de inauguração do pavilhão, com a oferta de 7500 euros para o arranque das actividades desportivas.

O acto ficou também marcado pela assinatura de um protocolo de utilização do pavilhão entre a Câmara Municipal, Junta de Freguesia de Ancas e o Desportivo de Ancas.

Persistência. Depois de descerrada a placa e da benção das instalações pelo pároco Tiago Kassoma, sob o olhar atento das entidades municipais (vereadores, deputados e presidentes de Junta) que estiveram em força na inauguração e da visita às instalações, seguiram-se os discursos.

Coube a Nelson Oliveira, presidente do Desportivo de Ancas, o homem que nunca desistiu da obra, que começou a ser idealizada há 22 anos, abrir as hostilidades. A emoção e as lágrimas invadiram o seu discurso: "É um dia muito difícil para mim. Sinto um misto de alegria e tristeza. Tristeza por ver partir recentemente um companheiro de luta, o Joaquim Barros."

Aquele dirigente apelidou de vitória a construção do pavilhão, "só possível pelo empenho de toda a direcção. Houve colegas que ofereceram 100 contos para desistir, desanimaram. Sozinho fui para a frente, porque sempre confiei no empenho e cumprimento de Litério Marques. Esta obra só foi possível graças ao presidente da Câmara Municipal".

Nelson Oliveira diria que "hoje temos o resultado da persistência, de uma obra que não é só do Desportivo. Esta obra é de todos, é da freguesia".

Seguiu-se a assinatura do protocolo de utilização do pavilhão entre a direcção do Desportivo, Câmara Municipal e Junta de Freguesia. O protocolo visa promover actividades de interesse municipal, de natureza educacional, cultural, desportiva, recreativa ou outra, onde a direcção do Desportivo se compromete, sempre que solicitado, a ceder o pavilhão, à autarquia à comunidade e a outras associações.

Momento ímpar. Num longo discurso, Arménio Cerca começou por dizer que "este é um momento ímpar na vida do Desportivo e um dia mágico para a freguesia de Ancas".

O presidente de Junta de Freguesia diria ainda que "hoje é um dia de reconhecimento puro e sincero", para com a Câmara Municipal na pessoa de Litério Marques: "É ele o grande e principal responsável pela construção desta grande obra. Acreditou na valorização do bem-estar da população e acreditou na gestão que propôs e eu aceitei".

Arménio Cerca historiou todo o processo das dificuldades ao acesso aos dinheiros públicos ao ponto de considerar que esta "é uma obra diferente da quase totalidade das obras que conhecemos realizadas com investimento público. Não conheço outra com gestão igual a nível do Estado", como reforçou que todas as grandes infra-estruturas associativas e públicas na freguesia tiveram todas um denominador comum, o lado benemérito das pessoas, com o pavilhão a ser construído num terreno cedido por Maria Alexandra Trindade.

"Temos uma obra fantástica, funcional, sem luxos, capaz de fazer sentir toda a gente bem".

O presidente da Junta de Freguesia deixou uma palavra de apreço à direcção do Desportivo, "pela humildade e perseverança como soube corresponder durante o tempo que a obra demorou a ser construída".

Litério Marques, na resposta a tantos elogios, disse: "O meu projecto é o trabalho, fazer obra, com rigor e muita transparência. Esta obra foi feita através de muita negociação, sem qualquer ajuda financeira por parte do Governo."

O presidente da Câmara Municipal reconheceu que a construção do pavilhão demorou o seu tempo, mas vincou que a autarquia não podia sacrificar outras obras e outros orçamentos.

A festa prolongou-se pela tarde com várias actividades desportivas.

Manuel Zappa

zappa@jb.pt


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