Implementar um metro ligeiro de superfície na região de Aveiro, mais concretamente a ligar Águeda, a capital do distrito e Ílhavo, "utilizando como parte integrante a requalificação da actual Linha do Vouga é, para a Quercus, "um projecto da maior importância ambiental, social e económica, ao qual deve ser dada uma clara prioridade".

Para o Núcleo Regional de Aveiro da Quercus, "o arranque definitivo deste projecto é essencial para a melhoria da qualidade do ar em ambiente urbano e diminuição das emissões de CO2".

Num comunicado enviado à imprensa, o Núcleo deixa ainda claro que "não é de todo aceitável a cega prioridade que neste momento se está a dar apenas ao projecto rodoviário de ligação Águeda-Aveiro em perfil de auto-estrada", recordando que as orientações da Comissão Europeia e da Agência Europeia do Ambiente, apontam para o incentivo no transporte ferrroviário, "em detrimento do transporte rodoviário e aéreo". A Quercus refere ainda, no mesmo comunicado, que "convém não esquecer que este projecto atingirá uma população alvo de aproximadamente 150 mil habitantes".

Mas é precisamente o número reduzido de utilizadores da actual Linha do Vouga, em soma com "os custos que um projecto desses acarretaria" que levam o presidente da Câmara de Águeda a considerar que o metro de superfície para a região "não é viável nos tempos mais próximos". Ao Jornal da Bairrada, Gil Nadais referiu ainda que, se o projecto previsse a passagem do metro nas praias, aí sim "haveria alguma possibilidade de rentabilizar" o mesmo, e haveria uma "melhoria ambiental para a zona".

Salomé Castanheira

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