A GNR tem apenas uma patrulha a operar durante a noite no concelho de Oliveira do Bairro e em Fermentelos, freguesia de Águeda. São 70 km2, com uma população residente superior a 25 mil pessoas, a serem vigiados por dois militares.

O período diurno está, igualmente, deficitário no que concerne ao policiamento de proximidade, chegando a existir também uma única patrulha a assegurar os serviços nesta área. Se os militares estiverem a tomar conta de uma ocorrência, é necessário chamar reforços dos postos vizinhos.

O policiamento a pé pelas ruas da cidade é também diminuto, motivado pela escassez de militares, ao passo que o funcionamento de patrulhas de bicicleta nunca chegou a Oliveira do Bairro.

Algumas freguesias de Oliveira do Bairro recebem a visita dos militares da GNR esporadicamente. Na altura do Verão, a situação agrava-se com a saída dos guardas para vigiar as praias.

Esta falta de meios humanos no Destacamento da GNR de Anadia (Mealhada, Sangalhos, Oliveira do Bairro, Bustos) reflecte-se também em Sangalhos e na Mealhada.

Sozinho. O posto da Guarda Nacional Republicana de Oliveira do Bairro chega a ter um único militar de serviço durante a noite, o que vem contrariar o recente despacho do Ministério da Administração Interna, que visa garantir que as forças de segurança organizem o dispositivo e as escalas, para que "não haja esquadras ou postos apenas com um agente ou militar de serviço". Nestas ocasiões, por norma interna, o militar só poderá abrir a porta a alguém na presença da patrulha das ocorrências. O que poderá levar a pessoa que solicita os serviços da GNR a uma longa espera, dependendo do local onde se encontram os militares.

Já aos domingos, os militares desdobram-se para dar "vazão" ao policiamento dos jogos de futebol. Nestes dias, a falta de efectivos é constrangedora.

Pedro Fontes da Costa

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