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NOTÍCIAS |  | | 06-05-2008
| Julgamento começa hoje
| | Aveiro - Sete homens acusados do sequestro de médico ucraniano desaparecido |
| Um médico ucraniano, que trabalhava em Portugal nas obras, terá sido agredido, roubado e sequestrado, e nunca mais apareceu, havendo sete homens de Leste suspeitos, que hoje começam a ser julgados em Aveiro.
O Ministério Público acusa Dmitriy Pavlov (Cazaquistão), Yuriy Serebryakov (Cazaquistão), Boris Stanila (Moldávia), Valeriy Gozyumov (Rússia), Aleksandr Nesterenko (Rússia), Yevhen Polishcuk (Ucrânia) e Andrei Morozov (Rússia) dos crimes de sequestro, roubo e de burla.
A insuficiência de provas levou a que não fosse deduzida acusação por homicídio, embora a Polícia Judiciária suspeite de que a vítima, Volodymyr Klanovets, possa ter sido assassinada e desde 2003 continue por localizar.
Apenas dois dos arguidos, Dmitriy Pavlov e Aleksandr Nesterenko, ficaram a aguardar julgamento em prisão preventiva, estando por executar os mandados de detenção emitidos para os restantes arguidos, que na altura estavam maioritariamente radicados na região de Aveiro.
O médico ucraniano trabalhava em Portugal numa empresa de construção civil e foi visto pela última vez a 17 de Outubro de 2003, a sair de um estaleiro em Cacia, Aveiro, acompanhado dos arguidos em dois carros, alegadamente para prestar assistência a um amigo adoentado.
O empreiteiro para quem trabalhava e os colegas não voltaram a vê-lo desde então, nem obtiveram resposta nas várias tentativas para o contactar pelo telemóvel.
Na sequência de investigações encetadas, a Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro reuniu indícios de que o médico-operário foi mantido em cativeiro e lhe roubaram cartões multibanco e de crédito, com que efectuaram levantamentos de uma conta bancária que possuía.
De acordo com a acusação, os dois arguidos detidos, Pavlov e Nesterenko, terão confirmado à PJ que Volodymyr Klanovets terá sido levado para uma mata nas imediações da Zona Industrial de Taboeira, Aveiro, e depois para um outro local não identificado, na companhia de Yevhen Polishcuk e de Andrei Morozov, que o ameaçaram e agrediram para o obrigar a dar os códigos dos cartões bancários.
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