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12-03-2008

Apenas 200 populares participaram no protesto


Anadia -Cordão humano foi curto para ligar Câmara ao Hospital

A população de Anadia saiu, na tarde do último domingo, pela 19ª vez, à rua para protestar contra o encerramento do serviço de Urgências do Hospital local.

O protesto, em jeito de cordão humano, pretendeu ligar a Câmara Municipal ao Hospital, todavia a menor adesão de populares, cerca de 200, não permitiu que o cordão chegasse ao Hospital, obrigando os manifestantes a deslocarem-se em marcha lenta, até aquela unidade de Saúde.

Mesmo assim, palavras de ordem e cartazes criticando a política de Saúde, o silêncio da Ministra e o indiferença do primeiro-ministro José Sócrates, voltaram a marcar presença nesta marcha de protesto, demonstrando que apesar do visível cansaço e evidente desmobilização, Anadia não desiste de lutar pela reposição de um serviço que perdeu a 2 de Janeiro.

José Paixão, líder do movimento "Unidos pela Saúde", voltou a criticar o silêncio da ministra Ana Jorge e o facto do governo "não parar para reavaliar o que foi feito e corrigir os erros cometidos".

Tal como nas edições anteriores, a população concentrou-se no Largo do Município. Pouco passava das 15h40 quando o cordão começou a tomar forma, ainda que o reduzido número de manifestantes não tenha permitido que o cordão chegasse ao Hospital José Luciano de Castro.

Assim, em marcha lenta, de mãos dadas, os manifestantes subiram a Avenida José Luciano de Castro, em direcção ao Hospital.

Homenagem aos Bombeiros. Do Hospital, os populares seguiram em direcção ao Quartel dos Bombeiros Voluntários, que foram alvo de uma homenagem simbólica por serem, como referiu José Paixão, "gente do meio, sempre disponível a ajudar".

O líder do Movimento Popular de Anadia justificaria o reconhecimento à corporação anadiense pelo facto da população depositar uma grande confiança nos bombeiros de Anadia, avançando ainda que a homenagem não pretendeu denegrir o trabalho do INEM, mas sim realçar que o Governo de José Sócrates tirou a Anadia "um bem essencial", escapando a esta política desenfreada de tudo fechar, a corporação anadiense.

Tendo ainda em conta a aparente desmobilização da população, o movimento de Anadia apela à unidade e à participação maciça da população no protesto do próximo dia 19.

Catarina Cerca

catarina@jb.pt


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