O Velódromo Nacional de Sangalhos terá uma pista coberta de dimensões olímpicas, possibilitando o treino e a competição ao longo do ano, e um centro de estágio, além de outras estruturas de apoio.

Pedro Silva Pereira considerou o empreendimento "muito importante, do ponto de vista estratégico, para competir melhor à escala internacional" e realçou que "vem preencher uma lacuna do país na oferta desse tipo de infra-estruturas".

"É uma página nova para o ciclismo português e uma grande oportunidade de termos um ciclismo mais competitivo e à altura da exigência dos tempos modernos, que só pode resultar, cruzando a vontade dos atletas e dos clubes com infra-estruturas capazes e uma política consequente de apoio à modalidade", disse.

Afirmando o objectivo de construir um futuro "à altura das tradições do passado e das suas páginas de glória", o ministro justificou a popularidade do ciclismo como razão "para que se lhe dedique maior atenção".

Pedro Silva Pereira realçou que a política do governo se direcciona, por um lado, para a generalização da prática desportiva, pelo que foi introduzido o desporto escolar no ensino básico, e por outro para o apoio à alta competição nas várias modalidades, através da rede de centros de alto rendimento.

Além do Velódromo de Sangalhos, o ministro deu conta de outros projectos, como a qualificação do Complexo Desportivo do Jamor e a criação de um centro de alto rendimento de desportos náuticos, a lançar em Montemor-o-Velho.

Algumas "glórias do ciclismo português" marcaram presença no lançamento do Velódromo Nacional de Sangalhos, como Venceslau Fernandes, que comentou à Lusa ser uma infra-estrutura importante para a dinamização da modalidade.

"É muito importante termos a pista coberta e já vem com 30 anos de atraso", disse o vencedor da Volta a Portugal de 1984, recordando-se de provas velocipédicas em pista que "enchiam de público como se fosse um grande desafio de futebol".

Outro nome incontornável do ciclismo português e do Sangalhos que marcou presença foi Alves Barbosa, primeiro português a participar na Volta a França e vencedor da Volta a Portugal três vezes (1951, 1956 e 1958), que salientou que "a pista de alta competição é um desejo antigo e corresponde ao sonho de muita gente".

Litério Marques, presidente da Câmara de Anadia, realçou a importância da localização do empreendimento no concelho e garantiu, ao assinar o protocolo de financiamento para a construção do Velódromo, que a autarquia "sente-se em condições de responder cabalmente às exigências e tudo fará para honrar os compromissos assumidos com o Estado e com o desporto em geral".