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31-07-2006

homem era acusado de forçar raparigas


Troviscal - Quatro anos e meio de cadeia por lenocínio

O Tribunal de Aveiro condenou um desempregado de 45 anos, residente no Troviscal, na penúltima terça-feira, a três anos e meio de prisão pela prática dos crimes de lenocínio agravado e de maus-tratos (18 meses). O homem era acusado de forçar raparigas com recurso a maus-tratos, algumas com atrasos mentais, a prostituírem-se.

Na leitura da sentença, a juíza censurou o tipo de vida "parasitária" do indivíduo, há anos sem trabalho fixo e dedicando-se à exploração de mulheres - é pessoa com grande capacidade de manipulação - aconselhando-o por isso a reflectir sobre o seu futuro.

Já com várias condenações por condução com embriaguez e ofensas à integridade física, A. Quintaneiro desde o final de 2002 que tentou com recurso a agressões físicas e psicológicas, que várias mulheres se prostituíssem à beira da estrada, nas zonas de Aveiro, Cantanhede, Tocha e Oliveira do Bairro.

Começava por viver maritalmente com as suas vítimas até as obrigar a prostituirem-se. Uma delas recusou, outras três foram obrigadas, entre as quais duas que eram deficientes mentais.

As vítimas eram da Gafanha da Nazaré, Santa Catarina e da Feiteira, e uma das jovens possui um atraso mental grave, recorrendo, vastas vezes, a tratamento psiquiátrico no Hospital Sobral Cid, em Coimbra, e chegou a ser dada como desaparecida pelos pais que contactaram a GNR de Mira.

A jovem veio a ser encontrada a prostituir-se na chamada recta da Tocha, na companhia do arguido que possui quatro filhos. Voltaria, forçada, para a estrada, depois de ter sido tratada no "Sobral Cid".

Numa das ocasiões, o arguido obrigou uma mulher também a sair da casa onde vivia, habitando-a com um das mulheres que obrigava a prostituir-se, um diferendo que só foi resolvido pelo Tribunal de Ílhavo.

O caso chegou a ser investigado pela GNR de Cantanhede e pelo Núcleo de Investigação Criminal de Aveiro da GNR.

Durante o julgamento, segundo foi referido pela magistrada que A. Quintaneiro não mostrou sinais de qualquer arrependimento.

Pedro Fontes da Costa


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