O líder do CDS, cuja moção foi aprovada esta madrugada com 57 por cento dos votos, vai ter três vice-presidentes: Miguel Anacoreta Correia, que já ocupava esta função, Martim Borges de Freitas, que acumulará o cargo com o de secretário-geral, e Pedro Sampaio Nunes.

Como novos vogais, o núcleo duro terá Fernando Paes Afonso e Isabel Gonçalves, que já integravam a comissão política, entrando para a direcção os históricos Narana Coissoró - que tinha integrado a penúltima direcção de Paulo Portas - Nogueira de Brito - ex-deputado e presidente do Conselho Nacional de Portas -, Girão Pereira, ex-autarca de Aveiro e da ala 'monteirista', e o chefe de gabinete de Ribeiro e Castro, Luís Lagos.

Mantêm-se na comissão executiva, que passa de 12 para 15 membros, João Luís Mota Campos, José Paulo de Carvalho, Paulo Núncio, Pedro Pestana Bastos e Sílvio Cervan, registando-se a saída do até agora vice-presidente José Castro Coelho e de António Lobo Xavier (vogal).

Castro Coelho, que se mantém na comissão política, será também o coordenador executivo do Conselho Económico e Social.

Existe apenas uma outra lista candidata à direcção do partido, a do ex-vice-presidente do Conselho Nacional de Ribeiro e Castro Paulo Miranda, encabeçada pelo próprio, e que tem como secretário-geral José Pedro da Cunha.

A moção de Paulo Miranda, "Um CDS para Todos", teve apenas oito votos, correspondentes a um por cento.

Para a mesa do Conselho Nacional existe apenas uma lista, afecta à direcção, em que se mantém como presidente Maria José Nogueira Pinto e como vice-presidente Artur Jorge Basto.

Para o Conselho Nacional foram, contudo, apresentadas duas listas alternativas à da direcção, uma das quais tem como primeiro nome o histórico do partido e ex-vice-presidente do grupo parlamentar Manuel Cavaleiro Brandão.

A oposição interna apresentou também uma lista, encabeçada por Pires de Lima, e que inclui também outros ex-dirigentes da direcção de Paulo Portas como Telmo Correia, Celeste Cardona e Álvaro Castello- Branco.

A terceira lista do Conselho Nacional é composta por militantes das concelhias de Cascais e Oeiras e é encabeçada por João Sande e Castro.

Para a mesa do congresso, existe uma única lista, da direcção, que volta a apostar em Luís Queiró para a presidência.

Ao Conselho Nacional de Fiscalização concorrem duas listas: a da direcção apresenta como candidato a presidente o fundador do CDS João Porto, enquanto a dos críticos propõe o presidente da distrital de Santarém Herculano Gonçalves.

Também ao Conselho Nacional de Jurisdição concorrem duas listas: a da direcção que tem como presidente Manuel Machado e a integrada por membros do grupo parlamentar encabeçada pelo deputado João Rebelo.

Devido ao atraso de cerca de três horas no início das votações, também a proclamação de resultados, que estava prevista para as 15:30, irá atrasar-se, uma vez que as urnas só fecharão cerca das 16:00.