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27-02-2006

Assinado protocolo entre Autarquia e Cáritas Diocesana


Reconstrução da aldeia do Corgo de Baixo

O adro da Capela de S.Lourenço, na aldeia do Corgo de Baixo, serviu de palco, na última sexta-feira, dia 17, à assinatura dos dois protocolos entre a Câmara Municipal de Anadia, Junta de Freguesia de Avelãs de Cima e a Cáritas Diocesana que visam a reconstrução das três habitações (uma delas bi-familiar) que estão a ser erguidas no Corgo de Baixo, na freguesia de Avelãs de Cima, após o incêndio que, a 18 de Setembro de 2005, devastou aquela freguesia do concelho anadiense, deixando 14 pessoas, entre as quais quatro crianças, sem tecto.

Fruto da generosidade do povo português

Tal como avançámos na nossa última edição, os protocolos, agora assinados,visam o financiamento das obras em curso naquela aldeia, através de uma comparticipação, proveniente de verbas angariadas na campanha nacional “Renascença Cáritas-Ajuda Portugal”, que já ajudou a reconstruir muitas habitações, de norte a sul do país.

No local e perante vários órgãos de comunicação social, o autarca Litério Marques, que se fez acompanhar pela vice-presidente da autarquia, Teresa Cardoso, engenheiros e técnicos camarários, deu a conhecer as principais razões que conduziram à assinatura dos protocolos: “a Câmara Municipal está sempre aberta e receptiva a ajudas exteriores que permitam contribuir para a melhoria do concelho e porque o protocolo permite agilizar a utilização dos materiais, da parte financeira e donativos, que continuam a chegar”.

Para o autarca anadiense este importante passo permitira quase de certeza “a entrega das casas antes do Verão” para que a passagem do primeiro aniversário do incêndio do Corgo seja assinalado, já nas casas novas.

Por seu turno, José Alves, presidente da Cáritas Diocesana de Aveiro, avançou que “é uma obrigação da Cáritas, enquanto instituição de solidariedade social da Igreja Católica, estar junto daqueles que mais necessitam,” deixando ainda bem claro que “não estamos a dar nada que seja nosso. Vamos colaborar com o fruto da generosidade do povo português que, com donativos e ofertas várias, de empresas a particulares, permitiram à Caritas desempenhar este papel, de administrar as verbas angariadas”.

Ajuda em Aguim

Refira-se ainda que, de acordo com os protocolos, a Cáritas irá responsabilizar-se, directamente, pelo financiamento das casas, efectuando os pagamentos aos empreiteiros, mediante a apresentação de autos de medição, que serão efectuados pela autarquia anadiense a quem caberá também todas as responsabilidades técnicas e de fiscalização das obras.

Embora o valor global da comparticipação não seja ainda conhecido (até porque vai ser necessário deduzir o valor do que já está feito - obras a menos), o responsável máximo da Caritas, José Alves, avançou ainda que a solidariedade da Cáritas vai também abranger o proprietário de uma habitação em pré-fabricado que ardeu, por completo, no início do mês de Dezembro, na freguesia de Aguim, na zona da Curia, junto ao IC-2, deixando uma família desalojada.

Segundo José Alves “esta situação, embora não se enquadre na catástrofe que aconteceu no Corgo, foi uma tragédia para aquela família que vamos também tentar ajudar, dentro das nossas possibilidades e limitações”.

Acrescente-se ainda que segundo o relatório técnico da autarquia, após a análise de três propostas de orçamentos para as obras, a proposta recaiu sobre os orçamentos mais baixos, todos apresentados pela mesma empresa.

Catarina Cerca


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