O Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Sangalhos poderá começar a encerrar duas horas mais cedo, ou seja às 22, soube Jornal da Bairrada. O presidente da Junta de Freguesia de Sangalhos, Sérgio Aidos, já disse que “a notícia está a criar um mau estar na população e que esta poderá desencadear duras formas de luta”. Entretanto, o deputado José Manuel Ribeiro, também preocupado com a situação, questionou o ministro da Saúde na Assembleia da República. Redução de horário A medidade redução de horário ainda não tem aprovação oficial do Ministério da Saúde, no entanto, Jornal da Bairrada sabe que, entre as 22 horas e as 24 horas, o SAP regista um reduzido número de atendimentos, o que não justifica estar de portas abertas. Esta alteração, segundo fonte do Ministério da Saúde, está inserida na decisão do governo em encerrar vários (SAP), ou, alternativamente, na redução de horário dos mesmos. Preocupado com a hipotética redução do horário, o deputado da Assembleia da República, José Manuel Ribeiro, eleito pelo circulo de Aveiro do PSD, pretende que o ministro da Saúde esclareça, oficialmente, se o horário de funcionamento do SAP do Centro de Saúde de Sangalhos - que funciona das 8 horas às 24 horas - vai ou não ser reduzido? José Manuel Ribeiro questiona ainda, a confirmar-se a redução do horário, “quais os critérios que estiveram na base da decisão, assim como se o governo vai proceder ao encerramento ou redução de horários de outros SAP do distrito de Aveiro”? Este político recorda que o governo apregoa que “os portugueses têm o direito de esperar do sistema de saúde, acolhimento e cuidados de elevada qualidade independentemente do local onde vivem, do meio económico e social a que pertencem e do serviço que utilizam”. Por isso, o deputado anadiense defende que, “devido à forte possibilidade da redução do horário, é importante o esclarecimento cabal e integral desta situação, que, como se compreende, tem criado alguma preocupação nas populações que podem vir a ser afectadas por esta decisão governamental”. Medidas de luta Por sua vez, Sérgio Aidos, presidente da Junta de Freguesia de Sangalhos, sublinhou ao Jornal da Bairrada que “já reuniu, recentemente, com responsáveis pelo SAP de Sangalhos que afiançaram nada saber”. No entanto, esclarece que “já lhe chegou a informação de que entre as 22 e as 24 horas, poucos pacientes procuram os serviços do SAP, o que poderá ser mau prenúncio”. “A população de Sangalhos tem que ser ouvida nesta questão. Temos sido umas vítimas. Foi a variante que nos dividiu a meio. Agora a subestação eléctrica que rouba espaço de construção. É um conjunto de situações que começam a ganhar determinada gravidade. Isto não pode ser”, desabafa o autarca. Sérgio Aidos garante, entretanto, que “neste caso a população não vai desarmar, a não ser que sejam dadas contrapartidas”. “Se reduzirem o horário, pelo menos criem mais valências. Dêem alguma coisa à população, não é só tirar, tirar”, sublinha o presidente da junta que afirma que vai escrever às mais altas figuras do Estado, incluindo o presidente da República. Finalmente, Manuel Lebre, director do Centro de Saúde de Anadia, não confirmou ao JB a redução do horário de funcionamento. Pedro Fontes da Costa
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