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01-02-2006

O sino estava nas Almas da Areosa


Sangalhos - GNR recupera sino

O Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Anadia recuperou o sino de 350 quilos de peso que foi furtado, na madrugada do dia 22 de Janeiro, da nova capela de São João da Azenha, em Sangalhos, a mais de 15 metros de altura, anunciou fonte policial.

Sucateiros

Segundo a fonte, o sino foi encontrado na casa de um indivíduo, residente nas Almas da Areosa, em Aguada de Cima, que se preparava para transaccionar o bronze, depois de derretido.

O indivíduo, de 33 anos, sem profissão, que vai ser constituído arguido neste processo, terá actuado em comunhão de esforços com mais duas ou três pessoas, presumivelmente, de etnia cigana, revelou ao JB a mesma fonte.

O homem, que transportou o sino numa carrinha, já tinha contactado vários indivíduos que se dedicam ao comércio de sucatas, nas zonas das Aguadas, em Águeda, com o intuito de se desfazer dos 350 quilos de bronze.

Segundo fonte policial, após várias vigilâncias efectuadas à casa do alegado responsável pelo desaparecimento do sino, os militares decidiram actuar e interceptaram o indivíduo quando ia a sair de casa numa carrinha suspeita.

Abordado pelos militares, o indivíduo acabou por confessar a autoria do furto do sino, assim como se prontificou a devolver o bem furtado, revelando ainda que tinha abandonado o badalo do sino num pinhal localizado na área de Barrô.

Esforços

Recorde-se que o sino foi oferecido por uma moradora de São João da Azenha que, vendo o esforço de um pequeno lugar, que durante 20 anos, tudo fez para angariar os 30 mil contos necessários para construir a igreja, resolveu oferecer uma das peças mais caras.

O sino de bronze badalava a 15 metros de altura, pesava mais de 350 quilos, e foi fabricado em Braga, tendo custado 486 contos em 1997, ano da inauguração da capela. Mas hoje os valores ascenderiam a mais de 4000 euros.

Comissão da Capela, perante o desaparecimento insólito do sino, admitiu mesmo a possibilidade de oferecer uma recompensa a quem o encontrasse, cujo desaparecimento foi notado pelo sacristão, que, quando se preparava para assinalar o inicio da missa, olhou para cima e ficou incrédulo.

Fonte policial referiu ainda que perante o desaparecimento do sino, que criou bastante alarido na população, os elementos do NIC desenvolveram todos os esforços no sentido de localizar o objecto, antes que fosse derretido e comercializado numa das várias sucateiras existentes na área.

A mesma fonte afirma que foi efectuada “uma verdadeira caça” ao sino que ainda não está completa, pois faltam, nesta altura, identificar outros autores ou co-autores responsáveis pelo furto.


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