As contas estão feitas e apontam para que a Feira Industrial Agrícola e Comercial da Bairrada (FIACOBA) tenha tido um prejuízo na ordem dos 12 mil euros que a câmara de Oliveira do Bairro, um dos parceiros da Comissão Executiva que organizou o certame, vai ter que suportar. Ofícios sem resposta Mário João Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, defendeu, na última reunião de Câmara, na perspectiva da autarquia honrar o seu bom nome, o pagamento da dívida da feira, mas explicou que “a Associação Comercial e Industrial da Bairrada (ACIB), o outro parceiro da Comissão Executiva, enviou ao anterior presidente da câmara quatro ofícios, a pedir a liquidação do prejuízo, e não foi dada uma única resposta”. Aliás, “num dos ofícios, a Comissão Executiva relembrava que com a aproximação das eleições autárquicas pagamento devia ser efectuado”, acrescentou o edil. Mário João explicou ainda que “a Câmara pagou um subsídio acordado e que não tem responsabilidades directas em assumir esta dívida, no entanto, a informação que circula é que a câmara é que não paga aos fornecedores, o que não é verdade”. O autarca sublinhou que a FIACOBA foi realizada em Julho e que não se entende que este problema não tenha sido resolvido. Aliás, a ex-vereadora da educação (actual vereadora da oposição), Leontina Novo, confirmou que “as contas da FIACOBA nunca tinham vindo à reunião de câmara” e que nunca teve conhecimento da situação financeira da FIACOBA Pensar no futuro Entretanto, António Mota, vereador das obras, fez as contas e comunicou aos vereadores que “somando ao subsídio dado pela câmara, de 62 mil euros, mais algumas facturas, que estão a surgir, mais o valor da dívida e ainda 22 mil euros da promoção do evento, a câmara terá investido cerca de 100 mil euros na FIACOBA”. Valores que António Mota pediu a todos os vereadores presentes para “interiorizarem, até porque esta última despesa não está cabimentada, nem referida em ponto nenhum”. Manuel Silvestre, vereador do CDS/PP, também fez as contas e chegou à conclusão de que o valor total do certame rondou os 220 mil euros, o que representa cerca de 10 euros por cada munícipe, o que nos leva a pensar no futuro da feira, até porque este certame foi ultrapassado nos últimos anos”. Pedro Fontes da Costa Pedro@jb.pt |