O anterior executivo do CDS/PP, que perdeu as eleições autárquicas a favor do PSD, esqueceu-se de renovar em Setembro os contratos de avença de onze professores que trabalham no complexo desportivo, que agora estão sem receber, revelou o vereador do desporto, António Mota.

O vereador disse ser inadmissível que os contratos, que deveriam ter sido assinados pelo executivo CDS/PP, no final do mês de Setembro, “não tenham sido sequer elaborados e que agora digam que a culpa é da actual câmara PSD”.

“É uma situação ilegal e de extrema responsabilidade e da responsabilidade de quem na altura própria o devia ter feito”, disse o autarca, pedindo explicações à vereadora da oposição, Leontina Novo que, no anterior mandato, tinha responsabilidades no processo.

A vereadora justificou que os contratos estavam prontos para serem assinados, mas, que, entretanto, interrompera o seu mandato por causa da campanha autárquica.

A autarca ressalvou, no entanto, que “quem tinha a obrigação de assinar as avenças era o anterior presidente da câmara, Acílio Gala, até porque deixei-os prontos para serem assinados”.

O social-democrata, António Mota, não contente com a explicação, dada por Leontina Novo, afirmou que “não havia nenhum contrato elaborado e que aqueles que estão aqui para serem aprovados foram feitos pelo actual executivo, há dois ou três dias”.

“Agora, não admito é que sejamos acusados de não pagarmos aos professores que trabalham no complexo desportivo. O actual executivo PSD não pode ser achincalhado por um erro do anterior executivo”, reforçou António Mota.

Mário João Oliveira, presidente da câmara, disse que “é bastante desagradável para um novo executivo ser acusado de não proceder ao pagamento de ordenados”, sublinhando que “os contratos, agora aprovados vão ter efeitos retroactivos para que os professores recebam aquilo que têm direito”.

“É ponto de honra, honramos os compromissos assumidos”, concluiu o edil.

Pedro Fontes da Costa
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