A equipa de médicos e enfermeiros que prestam serviço naquela viatura do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) em Aveiro, haviam noticiado a intenção de suspender a actividade a partir do dia 03 de Outubro, exigindo a actualização das remunerações.

"Não vai haver paralisação porque estamos em negociações", disse hoje à Lusa Ângelo Azevedo, depois de um encontro mantido sábado ao fim da tarde com a administração do Hospital de Aveiro, que se mostrou disponível para negociar as condições remuneratórias que têm vindo a ser praticadas.

Os profissionais do INEM que prestam serviço no Hospital de Aveiro queixam-se de estar a receber honorários inferiores aos colegas que prestam serviço idêntico em outras unidades.

O nível remuneratório praticado pelo Hospital de Aveiro é apontado como uma das causas das dificuldades em recrutar médicos e enfermeiros para aquele serviço, chegando a haver situações em que a viatura não pode sair por falta de meios humanos, como confirmou à Lusa Ângelo Figueiredo.

O coordenador da equipa refere também a falta de condutor para a viatura, que obriga a que, quando há várias vítimas, o carro tenha de ficar no local do acidente para que tanto o médico como o enfermeiro de serviço (que serve de condutor) possam acompanhar os sinistrados no percurso de ambulância até ao hospital.

"Quando começámos disseram-nos que haveria condutor e a viatura até dispõe de três lugares com esse objectivo, mas até agora continua a sair apenas com um médico e um enfermeiro", descreveu à Lusa Ângelo Figueiredo.