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02-10-2005

Profissionais das viaturas médicas exigem regulamentação da actividade


Saúde

Cerca de 50 profissionais de emergência pré-hospitalar de todo o país, reunidos ontem na Figueira da Foz, exigiram a regulamentação da sua actividade, tendo decido entregar uma exposição nesse sentido ao ministro da Saúde.

"Queremos que a actividade das viaturas médicas esteja regulamentada e faça parte do Serviço Nacional de Saúde", disse à agência Lusa Amélia Pereira, uma das promotoras do encontro, da responsabilidade de um grupo de elementos da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) da Figueira da Foz.

A reunião serviu para discutir problemas que afectam os profissionais de emergência pré-hospitalar, entre os quais a inoperacionalidade de meios ou o papel do enfermeiro enquanto prestador de cuidados e condutor da viatura.

"Há falta de regulamentação da actividade das viaturas médicas e enquadramento legal. Queremos regulamentação da responsabilidade hierárquica, quando não existir um médico tem de se saber quem o vem substituir", afirmou.

Segundo os organizadores, exceptuando algumas viaturas médicas que nunca estiveram inoperacionais por falta de médicos - casos da Figueira da Foz, hospital Curry Cabral (Lisboa) e Viseu -, em outros casos a situação acontece "várias vezes".

Pontualmente ou em casos que, garantem, chegam a atingir as 72 horas, por falta de médicos chegam as estar paradas as VMER de Aveiro, Castelo Branco, Covilhã e Guarda.

Já no que diz respeito o papel do enfermeiro enquanto prestador de cuidados e condutor da viatura, defendem que o enfermeiro "devia ir na ambulância com o médico no regresso ao hospital" em vez de conduzir a viatura médica.

"O ideal seriam três elementos no carro médico ao invés dos dois actuais", defendeu Rui Tinoco, coordenador de enfermagem da VMER da Figueira da Foz.

Da reunião de hoje saiu uma chamada "plataforma da Figueira da Foz", que inclui a coordenadora da VMER local, Isabel Rocha, um representante da Ordem do Médicos, outro da Ordem dos Enfermeiros, sindicatos e associações de emergência pré-hospitalar.

A plataforma vai ficar responsável por elaborar um projecto de regulamentação da actividade de emergência pré-hospitalar, a entregar ao ministro da Saúde até final de Outubro.


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