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29-05-2005

Primeiros meios aéreos disponíveis a 06 de Junho


Incêndios florestais

Os primeiros meios aéreos de combate aos incêndios florestais vão estar disponíveis a 6 de Junho, cerca de um mês antes do previsto, anunciou hoje o ministro da Administração Interna, António Costa.

Os meios aéreos só estavam previstos para 01 de Julho, mas devido às condições existentes nas albufeiras o Governo teve de anular um concurso e abrir outro para antecipar para o início de Junho os meios aéreos, explicou António Costa aos jornalistas, à margem da cerimónia comemorativa do Dia Nacional do Bombeiro.

Os restantes meios aéreos irão entrando progressivamente em funções durante a época de incêndios, acrescentou.

Na cerimónia, promovida pela Liga Portuguesa dos Bombeiros, António Costa lembrou a necessidade de uma política de investimento mais rigorosa numa época de "grande exigência e dificuldades".

"Não estamos em época de promessas, estamos em época de grande exigência e dificuldades e é neste contexto que devemos ser mais rigorosos e selectivos" em termos de política de investimento, mesmo nas áreas mais prioritárias, sublinhou.

As primeiras intervenções nesta área limitaram-se ao "estritamente essencial para responder à situação de emergência", ficando as grandes questões de fundo adiadas para Outubro.

"Fizemos uma intervenção cirúrgica na qualificação das cadeias de comando, uma intervenção cirúrgica para procurar melhores sistemas de comunicações dos bombeiros voluntários e uma intervenção cirúrgica para procurar responder aos desafios que os concursos dos meios aéreos nos vêm colocando", sustentou.

António Costa frisou que "este momento é de arregaçar as mangas e partir para a luta" e que no Outono será a altura para decidir as diversas matérias que estão em cima da mesa.

"Temos de decidir desde logo sobre a articulação entre o poder central e o poder local e a necessidade de reforçar o nível de intervenção das autarquias e em particular dos municípios", precisou.

Presente da cerimónia, o presidente da LBP, Duarte Caldeira, disse que os bombeiros estão com uma "elevada expectativa quanto às perspectivas de reestruturação anunciada pelo Governo a partir de Outubro".

"Desejamos intensamente que ao ciclo de instabilidade que vivemos há alguns anos suceda um ciclo de decisão e de investimento neste sector fundamental para a salvaguarda da vida e bens dos nossos concidadãos", salientou Duarte Caldeira.

O presidente da LBP lembrou ainda algumas reivindicações da classe, frisando que é necessário juntar a vontade e a iniciativa dos municípios, do Governo e dos bombeiros de dotar a maioria dos corpos voluntários do país com grupos de intervenção permanente para responder às necessidades de prontidão do socorro.


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