O II Festival de Dixieland, que se realiza entre os dias 9 e 12 de Junho, em Cantanhede, pretende, num curto espaço de tempo, ser uma referência a nível internacional, revelou, na última sexta-feira, durante a conferência de imprensa, João Moura, vereador da cultura da câmara cantanhedense. Na rota do jazz Organizado pelo município de Cantanhede e pela INOVA-EM, o festival conta com a participação de nove prestigiadas bandas nacionais e internacionais de dixieland, designadamente: Milano Jazz Gang (Itália), The Dockside Jazz Band (Bélgica), The Juggets Band (Holanda), The Baked Beans Jazzer´s (Dinamarca), Titanic Jazz Band (EUA), e das bandas portuguesas Dixie Gang, Estardalhaço da Gerigonça, South River Band e Asterdixie Band. Refira-se que durante o primeiro festival que decorreu no ano passado, o balanço não podia ser mais positivo: sem prejuízos, e com mais de 5 mil, pessoas na “Street Parade”, os responsáveis acreditam que são detentores da fórmula que permite lançar Cantanhede na rota do jazz. Recorde-se que o dixieland é descendente directo dos estilos de música de dança tocados nos anos 20 e 30, como o "swing" ou o "ragtime", o dixieland está associado à cidade de Nova Orleães, onde o jazz se desenvolveu a partir dos ritmos "crioulos", um grupo étnico de ascendência francesa e africana. Espectáculos nas freguesias Como novidade, o evento - orçado em 127 mil euros - envolve espectáculos de apresentação das bandas nas 19 freguesias do concelho, e concertos em Cantanhede num recinto, preparado para o efeito, encerrando com uma “Street Parade” na cidade, no dia 12 de Junho, domingo, pelas 16 horas, ao longo das principais ruas da cidade, referiu António Alves, presidente do Conselho de administração da INOVA. O início da “Street Parade” está agendada para as 16 horas, no Largo de São João, percorrendo a Rua 5 de Outubro, o Largo Pedro Teixeira, a Rua dos Namorados, o Largo João Crisóstomo, a Rua Jaime Cortesão, a Rua António José Almeida, com a realização da monumental “Jam Session” na Praça Marquês de Marialva e terminando no recinto da Expofacic, num envolvimento popular de grande dimensão. À semelhança do ano anterior, as bandas Filarmónicas da Pocariça, Ançã e dos Covões participaram no evento, para além de 100 alunos das escolas de Cantanhede que já estão a receber formação. “Jazz e Tapas e Papas” Como novidade deste ano, o Festival será realizado em estreita colaboração com a “Tapas e Papas - VII Feira de Gastronomia e Artesanato do Concelho de Cantanhede”, certame que proporciona a divulgação do que mais significativo se produz, em termos de artesanato, no concelho de Cantanhede e no país, e que “permite simultaneamente apreciar alguns dos mais representativos pratos da rica tradição gastronómica regional, através de prestigiados restaurantes do município que estarão a cargo das associações concelhias”. Este ano, a feira de gastronomia e artesanato realiza-se no espaço da Expofacic, onde será instalada uma tenda gigante - com capacidade para mil pessoas - onde se realizarão os espectáculos pagos a 7,5 euros. Para João Moura “estão reunidos os três vectores primordiais deste certame, que “funcionarão numa constante e directa relação entre si: a mostra de artesanato, a mostra gastronómica e a dinamização cultural e musical”. Por sua vez, Jacinto Santos, responsável pela empresa produtora, refere que “esta festa de jazz é a maior de Portugal, e que o objectivo principal é a comunicação com as pessoas para que cada vez mais munícipes participem cada vez mais”, prometendo uma ”grande festival”.
Pedro Fontes da Costa
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