Aveiro na rota do inquérito que levou a PJ a fazer buscas nas instalações do Boavista.
A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte, em colaboração com a Inspeção Tributária da Direção de Finanças do Porto, no âmbito de inquérito titulado pelo DIAP Porto 12.ª Secção, realizou uma operação policial para cumprimento de mandados de buscas domiciliárias e não domiciliárias, pela presumível prática de crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento.
Foram levadas a cabo dez buscas domiciliárias e três buscas não domiciliárias que incluíram dois escritórios de advogados, duas sociedades anónimas desportivas e dois cofres bancários, realizadas nos Concelhos de Porto, Vila Nova de Gaia, Guimarães e Aveiro.
De acordo com o apurado até ao momento pela investigação, em causa estará a não entrega da prestação tributária devida, e a sua subsequente ocultação através do desenvolvimento de atividade empresarial relacionada com a realização e gestão de eventos desportivos.
Ainda segundo a PJ, os suspeitos envolvidos serviam-se de diferentes ferramentas, entre os quais a utilização de faturação falsa emitida por empresas nacionais e estrangeiras e a ocultação de proveitos.
“Para o branqueamento foram usados mecanismos como a aquisição de bens móveis e imóveis por sociedades exclusivamente constituídas para o efeito, assim como o investimento em organizações desportivas, com conluio de agentes desportivos”.
Para concretizarem as atividades ilícitas referidas os suspeitos recorreram a aconselhamento jurídico e técnico especializado.
A PJ revela que até à presente data foi identificada uma vantagem patrimonial de “milhões de euros”.
A operação policial envolveu cerca de 80 elementos, incluindo a participação de Magistrados Judiciais e do Ministério Público e dele resultou a apreensão de documentação diversa relacionada com os factos em investigação.
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