domingo, 2 de Novembro de 2025  10:33
PESQUISAR 
LÍNGUA  

Portal D'Aveiro

Inovasis Prescrição eletrónica (PEM), Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), Gestão de Clínicas Inovasis

Inovanet


RECEITA SUGESTÃO

Ovos no Forno

Ovos no Forno

Coza os ovos em água temperada com sal, durante 10 minutos. Ao mesmo tempo, prepare os espinafres com queijo. ...
» ver mais receitas


NOTÍCIAS

imprimir resumo
12-12-2019

Sentença: Confirmada multa de 31 mil euros a corticeira da Feira por assédio moral a operária.



O Tribunal da Relação do Porto confirmou a sentença do Tribunal do Trabalho da Feira que condenou a corticeira Fernando Couto S.A, de Paços de Brandão, na Feira, ao pagamento de uma multa de 31 mil euros por assédio moral à trabalhadora Cristina Tavares.

Depois de condenada na primeira instância por factos relativos a assédio moral para com a trabalhadora, a corticeira recorreu da sentença para a Relação do Porto, que proferiu o acórdão, dando como improcedente o recurso.

Foram desta forma reiterados os factos dados como provados, entre os quais que Cristina Tavares continuava "sem estar reintegrada na sua categoria profissional / posto de trabalho de conteúdo funcional idêntico, continuando a empilhar manualmente sacos de rolhas, numa palete, até atingir quatro sacos em altura, sendo que são sempre os mesmos sacos e a mesma palete, logo numa operação de empilhamento e desempilhamento manual dos mesmos sacos e mesma palete, numa sequência de cerca de 30 vezes por dia".

Aquando do julgamento no Tribunal do Trabalho foi dado como provado que a empresa "causou à trabalhadora prejuízos graves, humilhando a mesma perante os demais trabalhadores e junto da própria Autoridade para as Condições do Trabalho, conduta que poderia ter evitado, tendo tido diversas oportunidades para o efeito". Um comportamento que "perturbou gravemente a trabalhadora, afetando a sua dignidade e criando-lhe um ambiente intimidatório, hostil, humilhante e degradante, com o propósito de a levar a despedir-se".

A empresa tem ainda pendentes outros processos na justiça. No tribunal do Trabalho da Feira decorre julgamento sobre o segundo despedimento de Cristina Tavares, que a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) considerou abusivo.

Este julgamento foi interrompido pela juíza que aguardava o desfecho do recurso sobre a condenação de assédio moral. Com a decisão agora conhecida do Tribunal da Relação, o julgamento vai ser retomado.

Há também a decorrer um outro processo que está nas mãos do Ministério Público da Feira por factos participados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Cortiça e da ACT sobre alegados crimes praticados no âmbito do assédio moral à trabalhadora.

Confrontado com a decisão da Relação do Porto, o advogado do Sindicato, Filipe Soares Pereira, diz que "não esperava outro resultado, porque a prova produzida em tribunal foi forte".

"Este acórdão demonstra que, apesar de ser difícil de proceder à prova nestes casos, tal não se afigura impossível. Foi reposta definitivamente a verdade dos factos e demonstrada a gravidade dos mesmos", concluiu.

Ao longo destes processos, a empresa Fernando Couto, SA veio público criticar os autos de que tem sido alvo por parte da ACT. Numa nota, anteriormente divulgada, mostrava esse mesmo descontentamento. "Entendemos a posição da ACT como resultante da pressão e sindical que tem vindo a ser desenvolvida sobretudo nos media e que tudo indica se faz sentir também por via hierárquica administrativa", "parecendo que a também a própria ACT se quer substituir ao tribunal ou pelo menos contribuir para a formação de um pré-juízo" que, adiantou a empresa, "é abusivo".

Entretanto, Cristina Tavares regressou à empresa depois de ter sido alcançado um acordo entre ela e a corticeira, evitando o julgamento que a trabalhadora tinha intentado por alegado despedimento indevido.

 

 

 

 

 

Fonte: JN


ACESSO

» Webmail
» Definir como página inicial

Publicidade

TEMPO EM AVEIRO


Inovanet
INOVAgest ®