A construção de uma nova sede - avaliada em 250 mil euros - para a Associação Desportiva de Oiã está a gerar algum descontentamento no presidente da Junta de Freguesia de Oiã, Dinis Bartolomeu. A decisão da direcção encabeçada pelo ex-presidente da Junta de Freguesia de Oiã, Armando Pires da Silva, não é bem vista pelo actual presidente da junta que já denunciou tratar-se de um “esbanjamento de dinheiros públicos”.

“Desperdício de dinheiros”

Armando Pires da Silva, presidente da Associação Desportiva, pretende construir uma nova sede, aproveitando as novas bancadas pelo facto do clube estar a construir um novo campo. Mas Dinis Bartolomeu diz que se trata de um mero desperdício de dinheiros públicos, sublinhando que a actual sede foi inaugurada, há pouco mais de dois anos.

“Esta gerência menos correcta do campo só pode ser explicada por uma má gestão do senhor Armando Pires da Silva, pois é impensável que alguém construa uma nova sede, depois de ter inaugurada uma há tão pouco tempo”.

Dinis Bartolomeu diz ainda que a junta a que preside deu para a actual sede muitos materiais, dinheiro e mão-de-obra, mas “uma coisa é certa para esta não vamos dar nada”.

Alerta ainda que “a política de subsídios ao clube terá que ser revista”, justificando, no entanto, que “os subsídios habituais continuarão a ser dados”.

“Nunca foi sede”

Armando Pires da Silva, retrucando, diz que o actual edifício nunca serviu como sede do clube, mas apenas como balneários, café e uma pequena sala de reuniões, que já não consegue dar resposta às necessidades do clube.

“Nunca lhe chamei sede, agora não nos podemos é esquecer que temos, actualmente, seis equipas a treinar e só temos dois balneários. E, depois, as crianças têm que percorrer mais de 100 metros entre o campo e os balneários”.

“São factores que temos que equacionar, e só depois falar”, refere o presidente da colectividade.

Armando Pires argumenta ainda que a obra está bem encaminhada e que será aberta aos associados e público em geral consoante as dependências venham a ser concluídas.

“Uma coisa é certa: O relvado estará pronto em Junho, uma vez que a calendarização está a ser cumprida ao pormenor”, garante Armando Pires da Silva.

Por último, este responsável adianta ainda que a actual Junta de Freguesia “nunca deu um único cêntimo para a obra.

“Um único”, reforça, adiantando que muitos materiais que são utilizados estão a ser dados por empresas, assim como muita mão-de-obra.

Pedro Fontes da Costa
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