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22-02-2018

"Há no mar muito valor biológico sustentável mas que ainda não tem o valor adequado" - Miguel Marques (PwC).



Mudanças profundas nos padrões de emprego, na formação mas também um mundo de oportunidades que as empresas devem aproveitar.

O debate sobre “A Economia Portuguesa e a Indústria 4.0: O Cluster do Mar”, realizado em Aveiro, deixou pistas sobre o potencial da economia que pede desburocratização.

Este fórum abordou questões como os projetos de inovação para o Mar, as implicações económicas e empresariais da digitalização da Economia do Mar e o financiamento e investimento na Economia do Mar.

Rui Azevedo (na foto), secretário-geral do Fórum Oceano – Associação da Economia do Mar, refere que há empregos em risco e novas áreas que representam oportunidades de emprego (com áudio).

Organizada conjuntamente pela Câmara Municipal de Aveiro, grupo editorial Vida Económica, Fórum Oceano e o INESC TEC, a iniciativa abordou novas áreas em expansão.

Carlos Pinho, investigador do INESC TEC, revela que há hoje trabalhos na área da aquacultura que representam avanços tecnológicos e preocupações ambientais.

“Desde jaulas para produção de salmão, embarcações para pessoas da aquacultura que evita as instalações fixas e projetos de tecnologia para melhoria de recolha de dados nos oceanos”.

Miguel Marques, da consultora PricewaterhouseCoopers (PwC), que gere o barómetro da economia do mar, falou das tendências de futuro. A China lidera hoje boa parte dos indicadores desta economia e o futuro indica que vai continuar a dominar.

“A china tem 7 dos 10 maiores portos do Mundo. Os outros três são asiáticos. Tudo conseguido numa década. Mais 10 anos e a força asiática será muito maior. A China aposta em tudo e tem planos para tudo. Mesmo na energia em que o Atlântico ainda domina. Tem dificuldades no turismo mas a China tem o maior número de potenciais turistas”.

Miguel Marques deixou perspetivas sobre os recursos como algo que ainda pode ser explorado, por exemplo em espécies piscícolas que é possível valorizar.

“A Docapesca está a conseguir mexer na tradição e valorizar espécies que tinham pouco valor. Há proteína alimentar valorizada noutros países que aqui não tem tido essa valorização. Há no mar muito valor biológico sustentável mas que ainda não tem o valor adequado. E vamos necessitar disso”

 

 


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