A primeira carta vinha de um remetente de Lisboa que se presume fictício e foi dirigida a Manuel Ribeiro, pastor evangélico de Sangalhos.

Manuel Ribeiro foi levantar a correspondência ao apartado que possui nos correios de Sangalhos e levou-a para casa, tendo sido já na residência que uma das cartas rebentou quando abriu o envelope, cerca das 11:00 da manhã, sendo a ocorrência registada pela GNR às 14:00, segundo informação policial.

A segunda carta explodiu à porta dos correios da Curia, nas mãos de Sílvia Teixeira, proprietária de um restaurante, que tinha igualmente ido levantar a correspondência ao apartado e começou a abri- la ainda na estação de correios.

A carta endereçada à comerciante da Curia terá sido colocada no correio em Santa Maria da Feira e era remetida por uma hipotética agência de turismo.

Segundo a GNR, o segundo caso foi registado às 16:00.

Ambas as situações vão agora ser investigadas pela Polícia Judiciária, através da secção de combate ao banditismo da directoria de Coimbra, dada a natureza da participação.

As duas cartas armadilhadas que foram hoje recebidas em Sangalhos e na Curia, não são os primeiros casos do género que ocorrem na Bairrada.

Em 2002, no dia 8 de Outubro, uma carta armadilhada rebentou nas mãos de um indivíduo de 64 anos, em Oiã, na altura com danos bem mais graves já que o destinatário teve de receber tratamento hospitalar, ficando com lesões oculares e auditivas, além de ferimentos na cara.