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27-07-2017

Fundação Mata do Bussaco gerida por cinco entidades públicas.



A Fundação Mata do Bussaco vai passar a ser gerida por cinco entidades públicas sem fins lucrativos, anunciou, hoje, na Mealhada, o novo secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, que prometeu também para breve uma equipa de sapadores florestais, a operar na serra do Bussaco, em coordenação com os municípios da Mealhada, Penacova e Mortágua.

Miguel Freitas, naquela que foi a sua primeira visita oficial como líder da secretaria de Estado das Florestas, deixou uma promessa aos presidentes da Fundação Mata do Bussaco, António Gravato, e da Câmara Municipal da Mealhada, Rui Marqueiro: “acabou a orfandade do Bussaco relativamente à Administração Central! A partir de agora, iremos dar atenção muito especial a este espaço magnífico, com ações concretas, no terreno, de valorização de uma mata nacional que é muito especial e importante para o país”.  “Vim encontrar no Bussaco um modelo de trabalho que deve ser seguido para a implementação da reforma florestal nacional. Esta relação de cooperação que tem vindo a ser construída, através do Bussaco, entre os municípios da Mealhada, Mortágua e Penacova constitui aquilo que deve ser a matriz a implementar a nível nacional. Ou seja, passar das lógicas municipais para as intermunicipais, trabalhando a floresta com uma visão mais abrangente, como um todo nacional e não apenas municipal”, afirmou o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural.

Relativamente à revisão dos estatutos de gestão da Fundação Mata do Bussaco, cujo Conselho Diretivo (CD) é atualmente composto por responsáveis indicados pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e pela Câmara da Mealhada, Miguel Freitas anunciou a entrada de mais três entidades, que poderão eventualmente ser duas fundações com ligações à freguesia do Luso e uma associação de produtores florestais. “Temos de envolver mais pessoas na gestão de uma mata que é de todos e por todos deve ser bem tratada”, explicou o governante.

No que concerne à equipa de sapadores florestais, que o secretário de Estado prometeu instalar no Bussaco assim que abrirem as próxima candidaturas para o efeito, o presidente do Município da Mealhada congratulou-se com a medida, lembrando que “é uma reivindicação antiga e recorrente e mais do que justificável”. “Temos de ter uma atitude preventiva e jamais facilitar em matéria de segurança. A Mata Nacional do Bussaco tem um património de importância inestimável, com um valor incrível, que não pode ser descurado pela Administração Central. A Administração Local tem feito os possíveis e impossíveis para proteger esta floresta pública, mas sem a ajuda do Estado, que infelizmente tem faltado, a Câmara não tem possibilidades de materializar na prática todas a medidas necessárias”, explicou Rui Marqueiro.

A presença do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural no Bussaco serviu também para a assinatura de um protocolo, que visa permitir à Fundação apresentar uma candidatura a apoio à modernização e capacitação da administratração pública (SAMA).

O objetivo da Fundação Mata do Bussaco é, de acordo com António Gravato, “modernizar-se internamente, mediante a utilização de tecnologias de informação e comunicação que promovam a eficiência da organização, bem como a eficácia na disponibilização de serviços e bens públicos, que contribuam para a redução dos custos públicos de contexto.” “O processo de modernização administrativo da Fundação visa a desmaterialização dos processos internos de suporte à gestão, bem como os que promovam uma interação com o cidadão e as empresas; a disponibilização de serviços digitais de utilização pública, acedíveis através de dispositivos móveis; aquisição de equipamentos informáticos de suporte às ações de modernização”, afirma António Gravato. O mesmo responsável acrescenta que “esta modernização prevê também a compra de equipamentos e software que possibilitem melhorar o controlo de acesso à Mata e o conhecimento mais preciso e dinâmico do património existente, nomeadamente florestal, por recurso a um sistema de informação geográfica e de gestão de ocorrências”.

 

 


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