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07-07-2016

“Torna-se hoje ainda mais evidente que a alegada inocuidade da municipalização para o corpo docente foi uma falsidade” - SPRC em abaixo assinado entregue à Câmara de Águeda.



Os promotores do abaixo-assinado entregue na Câmara de Águeda contra a intenção de retirar o 3.º ciclo da EB Fernando Caldeira esperam que a Autarquia seja sensível ao apelo e associam a extinção ao processo de municipalização da educação.

A delegação, constituída por professores, encarregados de educação da Escola Básica Fernando Caldeira e dirigentes sindicais do Sindicato de Professores da Região Centro, deslocou-se à Câmara Municipal de Águeda onde procedeu à entrega do abaixo-assinado “Em defesa da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Fernando Caldeira de Águeda: Pela manutenção do 3º Ciclo” aos responsáveis da edilidade, com as subscrições de quinhentos e cinquenta e nove cidadãos que residem ou trabalham no concelho de Águeda.

Dizem não existir “razões válidas para fundamentar a decisão de extinguir qualquer ano do terceiro ciclo” e associam essa tentativa de extinção à experiência de municipalização em que a Câmara de Águeda se envolveu e que mexe, também, em competências relativas à definição da rede.

“É pública a fundada discordância do SPRC relativamente a esse processo. Vale a pena lembrar que um dos argumentos insistentemente usados pela câmara e, em particular, pelo seu presidente, para diminuir a contestação à municipalização, foi o de que ela nada afetaria a situação dos docentes. Sendo verdade que a pretensão de terminar com o 3.º ciclo teria âmbito e consequências nefastas mais alargadas, torna-se hoje ainda mais evidente que a alegada inocuidade da municipalização para o corpo docente foi uma falsidade a que os seus mentores não tiveram pejo de recorrer”.

Gil Nadais não esteve no encontro mas recebeu algumas das mensagens dos sindicatos. “Não se aceita que para uma escola que dá uma valiosa resposta a uma população muito diversificada, que inclui alunos oriundos de diferentes origens sociais e com necessidades educativas especiais, ao invés de valorizar a resposta educativa e os seus progressos, se defenda a sua extinção. Acresce que os argumentos apresentados pelo presidente da câmara para sustentar a sua intenção pecam por uma confrangedora superficialidade, como ficou patente na recente sessão da Assembleia Municipal de Águeda, o que se traduz, por exemplo, na falta de rigor relativo a dados como os do sucesso escolar no estabelecimento em causa”.

Este documento entregue na autarquia segue também para o Ministério da Educação ao cuidado da secretária de Estado Adjunta e da Educação e foi enviado à delegação regional da DgesT.

 


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