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NOTÍCIAS | | | 02-06-2004
| Na Bairrada quatro mulheres detidas
| Noite Segura” GNR fiscaliza casas de alterne |
| Na Bairrada e em Aveiro, na madrugada do último domingo, quatro mulheres foram detidas e outras quatro identificadas, por permanência ilegal no país, - uma das quais brasileira que já tinha ordem de expulsão - no âmbito da operação “Noite Segura”, revelou ao Jornal da Bairrada fonte policial.
RUSGA
Uma centena de militares da GNR do Grupo Territorial de Aveiro, em conjunto com elementos da Guarda-fiscal, Núcleo de Investigação Criminal e três inspectores destacados pela Polícia Judiciária, passaram a pente-fino, nas áreas dos destacamentos da GNR de Aveiro, Águeda e Anadia, nove casas de alterne.
Em Águeda, apenas uma mulher foi identificada. “Era uma situação dúbia, e como amanhã (segunda-feira) é feriado não arriscámos e não efectuámos a detenção”, disse ao JB fonte policial.
Já em Bustos, duas mulheres estavam no Bar “Sub Mundo” sem autorização de permanência no país, enquanto que em Sangalhos, no Bar “Xó Dó”, também foram detidas, pelo mesmo motivo, outras duas.
As mulheres que passaram a noite nos calabouços da GNR, foram presentes ao juiz, na última segunda-feira.
Já em Aveiro, o número de bailarinas fiscalizadas foi muito superior, mas somente três, que estavam no Bar “Moinho Velho”, localizado na Gafanha da Nazaré, Ílhavo, apresentavam uma situação não totalmente legal.
IMPORTANTES
No final da fiscalização, Cláudio Martins, responsável pelo Bar “Moinho Velho”, disse que as rusgas policiais “são importantes até para que possamos demonstrar que estamos a trabalhar dentro da normalidade”.
No entanto, conta que a noite acabou por ficar estragada com a fiscalização. “A noite está perdida, pois tenho a certeza que nenhum cliente virá cá hoje e eu tenho 13 bailarinas”.
Já Isilda Mendes, do Bar “Face Oculta”, na Praia da Barra, Ílhavo, empresária bastante conhecida no meio, que explora a maior casa do género no distrito de Aveiro, atreve-se a dizer que “são muito poucas as casas legalizadas na íntegra. A minha é, com certeza, a mais legal da noite e mesmo do país, por isso, as rusgas são bem-vindas”.
Na “Face Oculta” trabalham cerca de 35 bailarinas, provenientes da Bielorrúsia, Roménia, Ucrânia, Hungria, Brasil, e muito poucas portuguesas, mas todas estavam legais como comprovaram as verificações efectuadas pelos militares aos passaportes e outros documentos.
“Ora mostre lá os documentos das meninas”? Solicitava um sargento. Sem qualquer hesitação, Isilda Mendes mostrou uma capa cheia de documentos: “Pode verificar um a um e verá que estão todas legais”, reforçou.
A empresária, disse ainda que não trabalha com mulheres ilegais, no entanto, confessou que tem legalizado muitas que andavam ilegais em outros bares, dando-lhes agora qualidade de vida.
“Veja aquela senhora que está no bar nunca tinha descontado para a Segurança Social, os primeiros descontos foram feitos por mim”.
SALDO POSITIVO
No final da operação o saldo era positivo, até porque poucas ilegalidades na área de Aveiro foram detectadas, ou seja o objectivo preventivo da operação foi concretizado, referiu o capitão do Destacamento de Aveiro, Raul Abreu.
“A operação tinha um carácter extremamente preventivo para que nós nos pudéssemos inteirar das várias situações existentes”, ou seja, “podemos afirmar que está tudo controlado”, referiu.
“Procuramos fiscalizar eventuais ilegalidades existentes neste tipo de estabelecimentos”, assim como efectuámos várias operações de trânsito, acrescentou.
Números da operação de trânsito
59 – Autos ao código de estrada foram passados
20 – Autos por infracção da legislação policial
8 – Detenções: cinco por álcool, duas sem carta de condução, e um condutor por excesso de álcool e sem carta de condução.
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