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20-01-2016

ADERAV crítica processo de demolição de edifício histórico no centro de Aveiro.



A ADERAV critica a forma como tem vindo a ser realizada a operação de demolição do edifício entre a Rua dos Combatentes e a Rua Batalhão Caçadores 10 por considerar que neste casos de forma “a obter o máximo de informação relativa a técnicas construtivas e materiais utilizados bem como reconhecer a sequência construtiva verificada no(s) edifício(s), ou mesmo recolher alguns elementos arqueológicos ou estruturais, caso sejam relevantes, os trabalhos deveriam consistir no desmonte sequencial da estrutura, preferencialmente com recurso a meios manuais, e não a demolição pura e simples, como foi a executada”.

É uma tomada de posição em que a ADERAV lamenta essa forma de atuar depois das recomendações feitas antes do arranque das obras. Outro dos focos de preocupação está centrado nos incêndios que, alegadamente, são atribuídos à presença de sem-abrigo no local. Em cerca de 2 semanas contabilizam-se 4 ocorrências e a Associação de Defesa do Património não entende que se permita acesso ao local. “Espanta-nos porque é que o edifício não foi vedado logo na primeira ocorrência, como, aliás decorre das boas normas e práticas em matéria de execução de obras em espaço urbano”.

A ADERAV, que tem como fins a inventariação e salvaguarda do património natural e cultural da região de Aveiro, tem estado atenta ao projeto na denominada “Casa de 1616”, na Rua dos Combatentes da Grande Guerra, antiga Rua Direita, no centro de Aveiro, dando luz verde ao projeto de construção de apartamentos no local desde que fossem cumpridas normas definidas pelas entidades oficiais para salvaguarda de património.

A 13 de Agosto de 2015, a direção da ADERAV emitiu uma informação dando conta dos contactos realizados à época, nomeadamente com a autarquia aveirense e com a Direção Regional de Cultura do Centro, uma vez que o imóvel se encontra dentro da Zona de Protecção da Igreja da Misericórdia e o edifício tem potencial arqueológico para a história local. Dos trabalhos já realizados aguardam-se resultados e a ADERAV afirma-se expetante quanto à ação da arqueologia preventiva.


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