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13-10-2015

Portucel inaugurou duas unidades de produção nos complexos de Cacia e de Vila Velha de Ródão.



O Grupo Portucel Soporcel, terceiro maior exportador em Portugal e líder europeu na produção de papéis finos de impressão e escrita não revestidos (UWF), inaugurou hoje os seus dois mais recentes investimentos concretizados nos complexos industriais de Cacia e de Vila Velha de Ródão, no valor global de 95,3 milhões de euros, tendo ainda anunciado um novo investimento de 120 milhões a realizar até 2017, em Cacia, numa nova linha de produção de papel tissue.

Este conjunto de projectos – a que se juntam, por exemplo, um investimento florestal verticalmente integrado em Moçambique no montante de 2,1 mil milhões, bem como a construção de uma fábrica de pellets nos EUA no valor de cerca de 100 milhões – integra o plano de expansão e diversificação de atividades do grupo Portucel Soporcel traçado para os próximos anos, prosseguindo o objectivo de assegurar o crescimento sustentado de uma cada vez mais importante multinacional de raiz portuguesa.

Da parte da manhã, foi inaugurada uma expansão do complexo industrial de Cacia na área de produção de pasta de papel, projeto que resulta de um investimento de 56,3 milhões e permitirá aumentar em 30 milhões anuais as exportações do Grupo para mais de 120 países.

Este investimento vem induzir um aumento de 20 por cento da capacidade produtiva desta unidade fabril, que passa de 294 para 353 mil toneladas/ano de pasta de papel, verificando-se um incremento de produção de energia renovável de cerca de 9 por cento para um total de 336,7 MW/ano.

A expansão agora inaugurada determinou a criação de dezena e meia de novos postos de trabalho directos, potenciando ainda cerca de 290 postos de trabalho indirectos, nomeadamente nas áreas da silvicultura e da logística portuária/rodoviária. Durante o período de construção chegaram a estar recrutados 1520 trabalhadores externos. Sublinhe-se que esta intervenção em Cacia incorporou as soluções tecnológicas mais evoluídas sob o ponto de vista industrial e ambiental, sendo de salientar que, em termos ambientais, foram adoptadas medidas inovadoras que incluíram a recolha, tratamento e incineração dos gases mal odorosos (17 quilómetros de tubagens estão associadas à recolha e tratamento deste gases); a montagem de um novo queimador no forno de cal existente; a instalação de um electrofiltro para o novo forno de cal; e a substituição parcial da utilização de fuelóleo por gás natural nos fornos de cal. Em termos concretos, alcançou-se, por exemplo, uma redução das emissões para a atmosfera dos gases mal odorosos resultantes do processo de fabrico, bem como a reutilização da água do processo produtivo, graças a uma nova torre de arrefecimento, com uma redução significativa do consumo.

De referir que a construção das instalações e a montagem dos novos equipamentos decorreram com a fábrica de Cacia em plena laboração, excepto nos meses de Janeiro e Junho deste ano, quando foi necessário realizar intervenções em equipamentos existentes, bem como proceder à integração de novos equipamentos na instalação.

Este projeto permitiu, em suma, a optimização do desempenho da fábrica de Cacia tendo em vista aumentar a fiabilidade das instalações e eliminar estrangulamentos em algumas áreas produtivas.

Da parte da tarde, foi inaugurada a nova linha de produção de papel tissue da fábrica da AMS em Vila Velha de Ródão, adquirida pelo grupo Portucel Soporcel no início do corrente ano. Esta expansão, que resultou de um investimento de 39 milhões, veio criar 70 novos postos de trabalho directos e permite duplicar a capacidade produtiva da unidade fabril, potenciando o aumento das exportações em cerca de 40 por cento e o crescimento do EBITDA em 72 por cento.

Com um volume de compras a empresas locais da ordem dos 40 por cento, a nova fábrica viu a sua área coberta aumentada de 40.000 m2 para 70.000 m2, estando equipada com as mais modernas tecnologias também sob o ponto de vista ambiental, o que permitirá uma redução das emissões de CO2 em 22.000 toneladas/ano.

Com esta nova linha de produção em Vila Velha de Ródão, o grupo Portucel Soporcel assume-se como um dos produtores mais competitivos da Europa no mercado de tissue, posição que pretende reforçar através do já referido investimento de 120 milhões numa nova unidade produtiva em Cacia, a inaugurar em 2017, que terá uma capacidade nominal de 70 mil toneladas por ano, integrando uma capacidade de transformação em produto acabado equivalente.

O grupo Portucel Soporcel é o terceiro maior exportador em Portugal, sendo o que gera o maior Valor Acrescentado Nacional. O Grupo representa aproximadamente 1 por cento do PIB nacional, cerca de 3 por cento das exportações nacionais de bens, perto de 8 por cento do total da carga contentorizada e de 7 por cento do total desta carga e da carga convencional exportada pelos Portos nacionais.

Durante o ano de 2014, o grupo Portucel Soporcel atingiu um novo máximo histórico de produção de papel, tendo aumentado o volume de vendas em 3 por cento para mais de 1.564 mil toneladas, possibilitando que o Grupo tenha alcançado um aumento do seu volume de negócios para 1.542,3 milhões.

Consolidada a sua posição de líder europeu na produção de papéis finos de impressão e escrita não revestidos (UWF) e sexto a nível mundial, o Grupo é também o maior produtor europeu, e o quinto a nível mundial, de pasta branqueada de eucalipto BEKP - Bleached Eucalyptus Kraft Pulp.

O Grupo tem seguido, com sucesso, uma estratégia de inovação e desenvolvimento de marcas próprias, que hoje representam mais de 62 por cento das vendas de produtos transformados, merecendo particular destaque a marca Navigator, líder mundial no segmento premium de papéis de escritório.

As vendas do Grupo têm como destino 127 países nos cinco continentes, com destaque para a Europa e EUA, alcançando assim a mais ampla presença a nível internacional entre as empresas portuguesas.

É um grupo florestal verticalmente integrado, que dispõe de um Instituto de Investigação Florestal próprio, líder mundial no melhoramento genético do Eucalyptus globulus. Gere em Portugal uma vasta área florestal certificada pelos sistemas internacionais FSC® (licença nº FSC C010852) e PEFC™ (PEFC/13-23-001), dispondo de uma capacidade instalada de 1,6 milhões de toneladas de papel, de 1,4 milhões de toneladas de pasta (das quais 1,1 milhões integradas em papel) e de 2,5 TWh/ano de energia eléctrica, atingindo um volume de negócios anual de 1,5 mil milhões de euros.

O Grupo dispõe dos maiores viveiros florestais da Europa, com uma capacidade anual de produção de cerca de 12 milhões de plantas certificadas de diversas espécies, que se destinam à renovação da floresta nacional.

No âmbito da sua estratégia de expansão internacional, o Grupo recentemente adquiriu uma fábrica de papel tissue – AMS – e está a desenvolver um importante projecto de investimento florestal verticalmente integrado em Moçambique, bem como uma fábrica de pellets nos EUA.


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