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01-04-2003

O maior Carnaval até hoje


Mamarrosa

Mamarrosa O maior Carnaval até hoje Rosinda de Oliveira Com a entusiasta participação dos maiores lugares da freguesia que se empenharam e deram o seu melhor, com imaginação, arte, esforço, muito trabalho e dedicação, assim decorreu o Carnaval na Mamarrosa. Desde os três carros das duas cortes dos reis da Alegria e da Tristeza, com os seus exércitos, passando pelo dos Seixal, com chamada de atenção pertinente (e um elegante e enorme gigantone), aos da Quinta da Gala, da Rua de Baixo e da Caneira, todos primaram pela alegria, entusiasmo, humor e boa disposição. Mas também os carros do A.T.L. da Adasma, do Rancho Folclórico “As Vindimadeiras”, da Banda Filarmónica e as várias personagens alegóricas a que não faltou música à maneira – todos concorreram para fazer deste Carnaval o mais concorrido e participado até agora. Um sucesso que nem a chuva, apesar de atrapalhar e incomodar os muitos foliões, não foi capaz de estragar porque o desfile completou-se com a passagem pelo palco. O Salão Cultural ficou cheinho, a abrrotar, e aí, no palco e não só, todos puderam mostrar as suas habilidades carnavalescas. Como nos outros anos, as criancinhas dos A.T.L., nas suas alegres fantasias, deixaram na festa, uma nota de singela espontaneidade, beleza e poesia. O espectáculo de palco abriu com uma peça de Carnaval, em três quadros, em que os numerosos actores e figurantes representaram, com graça e convicção, a luta entre os dois reis, D. Tristonho e D. Carnavalius I. Não faltaram prisioneiros e elegantes e arrojados soldados que, ao rufar do tambor, marcharam em defesa do seu senhor. As duas cortes essas primaram pelo seu exotismo; de realçar a rainha D. Tristeza com suas aias, D. Amargura, D. Solidão, o príncipe Tédio, o marquês D. Ódio e muitas mais figuras de toda a real família escura, como a princesa choradeira, D. Maldade, D. Queixume, D. Azedume. Enquanto que com D. Carnavalius, D. Alegria I, D. Riso II, a menina Risotinha, o pequeno Folião, a princesinha Folia, D. Magia, D. Acanhadinho, Alegrete, D. Escapadinha e muitos outros se impuseram pela sua jovialidade e boa disposição. A peça terminou numa apoteose, de palmas, com uma dança de Carnaval e todos os numerosos participantes em palco. A banda com todos os seus elementos bem fantasiados e músicas apropriadas e até com excelso “maestro” de palmo e meio, encantou toda a numerosa assistência. Os dois Ranchos Folclóricos, o das Vindimadeiras fantasiado à maneira e o de S. Simão com o traje habitual, muito concorreram também para animar esta tarde inesquecível. A ADASMA, como sempre, não perdeu a ocasião de se identificar bem nas suas funções de angariar sócios-dadores de sangue. Além da banda e dos ranchos, especialmente a Caneira, mais uma vez, não quis deixar os seus créditos por mãos alheias, divertindo toda a assistência e até a Quinta da Gala, deu um ar da sua graça. De Bustos, numa afirmação de boa vizinhança, a cegada, desta vez com elementos femininos, cá veio dizer de sua justiça e mostrar as suas danças à moda antiga. E, ao longo da tarde, ditos humorísticos e jograis foram animando este domingo chuvoso. A festa acabou com a contradança já habitual: 6 pares, eles de paus enfeitados e elas de pandeiretas, forradas com muitas serpentinas e os fatos próprios destes dançares dos meados do século passado. As músicas e as coreografias (do grupo de Animação Cultural) foram da responsabilidade do professor Carriço, com a colaboração do professor Adérito, enquanto a música ao vivo foi de Mário Rainho, saxofone alto; Mário Pato, requinta; Amélia, clarinete; Cláudia, órgão e Costa, bateria. Além das entidades e autoridades locais, esteve presente nesta tarde de Carnaval, a Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, Leontina Novo, que proferiu algumas palavras alusivas a este evento cultural. O presidente da Junta de Freguesia, Fonseca Martins, também agradeceu e deu os parabéns a todos os que concorreram para esta festa de Carnaval. (14 Mar 03 / 10:14)

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