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01-04-2003

Orçamento e Plano Plurianual aprovados


Vagos

Vagos Com a abstenção do PS e PP “passaram” Orçamento e Plano Plurianual de Investimento Eduardo Jaques Após mais de seis horas de reunião, a Assembleia Municipal de Vagos, que decorreu em Ouca, aprovou o Orçamento e o Plano Plurianual de Investimentos da autarquia com os votos favoráveis da bancada do PSD e a abstenção da oposição (CDS e PS). “ÓPTICA REALISTA” Uma “maratona” de mais de seis horas, muita conversa “afiada” pelo meio, e um final (quase) feliz para o Orçamento e Plano Plurianual de Investimentos de Vagos: aprovado com os quinze votos do PSD. Cautelosa e desconfiada, a oposição jogou pelo seguro, e ficou-se pela abstenção, considerando aquele documento “utópico” e demasiado inflacionado. Para o presidente da Câmara de Vagos, que defendeu a sua “dama” com argumentação adequada, o Orçamento para 2003 espelha a realidade e respeita as necessidades do concelho, uma “óptica realista” de investimento, possível de atingir um nível de execução da ordem dos 60-70 por cento. O que, a acontecer, seria “excelente”, conforme referiu Rui Cruz, que aludiu ao facto do orçamento ultrapassar, pela primeira vez, a barreira dos 21 milhões de euros, e incluir a duplicação do Fundo Financeiro das Freguesias, que será atribuído já a partir do corrente ano. Medidas que seriam aplaudidas por algumas Juntas de Freguesia, e que levaram mesmo Dulcínea Sereno (Santo André) a considerar tal deliberação como um “acto de coragem” de quem pretende, afinal, “cumprir o que prometeu. Mas o Orçamento é, também, “equilibrado e exequível”, confirmou-o Manuel Managão (PSD), que, no entanto, criticou a autarquia pelo facto de duas povoações pertencentes à freguesia de Sosa, Lavandeira e Vale das Maias, terem sido “riscadas” do Plano Plurianual. Vontade de trabalhar Promessas à parte, as críticas da oposição viriam a subir de tom, depois do líder da bancada do PSD, Fernando Capela, ter apontado o novo rumo do concelho, ao enunciar algumas das obras constantes do Plano - eixos rodoviários, construção da biblioteca, recuperação dos centros das freguesias, circulação pelo “caminho dos cavaleiros”, e recuperação do edifício da antiga Escola Secundária, onde futuramente vai funcionar a Câmara Municipal. “Compreendo o vosso nervosismo”, disse, apontando para a bancada do CDS/PP, depois de admitir que “é preciso ser-se irrequieto, ter opções claras e muita vontade de trabalhar”. Insinuações que Décio Cardoso não “perdoou”, ao considerar que a campanha eleitoral “já passou”, e que é preciso dignificar aquele órgão deliberativo. “Compete-nos a nós fazer oposição”, acrescentou o deputado centrista, para quem o Orçamento é irrealista. Por outras palavras, como diria o presidente da Junta de Sosa, “pode ser muito bonito, mas não acredito nele”. Mais fundamentadas, as críticas do PS visaram os valores da sisa, contribuição autárquica e imposto automóvel, inscritos no Orçamento, os quais segundo Jorge Oliveira, poderão estar alegadamente inflacionados, num ano de “apertar o cinto”, em que o recurso ao crédito vai diminuir drasticamente. Motivos de sobra para considerar ou Orçamento “um pouco mais o mesmo”, acrescentou. Às dúvidas socialistas responderia o presidente da Câmara, Rui Cruz, que considerou possível arrecadar elevados montantes de sisa, devido à alienação de património, na Zona Industrial e Praia da Vagueira. Por outro lado, o facto de terminar o prazo de dez anos de inserção para os prédios construídos na Vagueira, vai possibilitar, ainda segundo o autarca vaguense, um encaixe de alguns milhares de euros de contribuição autárquica. Aprovado com os votos (quinze) da bancada “laranja”, o Orçamento e Plano Plurianual de Investimentos para 2003 contou com a abstenção do CDS/PP e do PS. (16 Jan / 9:33)

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