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01-04-2003

OBSC, 2 - Caldas, 1


II Divisão B

II Divisão B Oliveira do Bairro, 2 - Caldas, 2 O remate que tudo modificou Manuel Zappa Estádio Municipal de Oliveira do Bairro. José Rodrigues Auxiliares: Manuel Barbosa e Tomás Santos. Equipa do CA da AF Braga. Oliveira do Bairo - Mário Júlio (3); Paulo Costa (4), Rui Costa (3), Roberto Carlos (3) e Vitinha (4); Hernâni (3), Tó Miguel (4), Pazito I (3) e Serrão (2); Miguel Tomás (3) e David (4). Substituições: Aos 68m, Serrão por Luís Barreto (1); 77m, Miguel Tomás por Pazito II (1); 88m, Pazito I por Mário João (-). Treinador: Carlos Simões. Caldas,1 - Ricardo; Padinha, Gila, Zé Vala (Luís Padinha, 80m) e Malagueta; Pina, Joel, Eric (Cascavel, 58m) e Kingsley (Hélder Costa, 77m); Oliveira e Pedro Alberto. Ao intervalo: 2-1 Marcadores: Kingsley (26m), Paulo Costa (35m) e Miguel Tomás (40m). Disciplina: cartão amarelo a Zé Vala (1m), Paulo Costa (31m), Padinha (44m), Miguel Tomás (64m), Oliveira (73m), Tó Miguel (82m) e Luís Barreto (87m). Estatística 23 Faltas 19 10 Remates 8 8 Cantos 4 0 Livres perigosos 1 5 Foras-de-jogo 5 Um momento mágico que só por si valeu a pena os escassos adeptos terem ido ao estádio para assistir ao jogo. Paulo Costa, mais ou menos no enfiamento do seu banco de suplentes, recebeu a bola, adornou-a, olhou para a baliza, aí a uns bons 30 metros, e desferiu uma “bomba” ao ângulo superior direito da baliza de Ricardo, que só parou dentro das redes. Um grande momento, o minuto 35, um golo fenomenal, para mais tarde recordar, e que teve o condão de espicaçar uma equipa até então à procura de um rumo certo. O Caldas surgiu em campo mais dominador, assumindo as coordenadas do jogo, sem que o Oliveira do Bairro conseguisse pôr ordem na casa. Mais serenos e determinados no ataque, os caldenses criaram logo aos 5 minutos uma situação embaraçosa para Mário Júlio, de regresso à baliza, quando Eric, com um centro-remate, levou a bola a beijar a barra, com a ajuda do guarda-redes, cujo desvio acabou por ser providencial. Depois, aos dez minutos, Oliveira, surgiu solto na área, mas Mário Júlio, mais lesto, saiu bem aos seus pés, neutralizando mais uma jogada de perigo e, aos 13 minutos, após um canto, confusão na área, porém ninguém conseguiu a emenda. O primeiro remate intencional à baliza de Ricardo aconteceu aos 21 minutos, por Pazito I, sem perigo, sendo por mais evidente que o controlo do jogo estava do lado do Caldas, que acabara por chegar ao golo pouco depois. Joel tentou lançar na faixa central do terreno Kingsley, Roberto Carlos falhou a intercepção e o avançado ganhou avanço, bailou e passou por Rui Costa, fugiu para a direita e de ângulo difícil, não deu hipóteses a Mário Júlio. A jogar menos bem, as coisas ficaram mais difíceis para os Falcões, mas aquele golo monumental de Paulo Costa, tudo mudou. A equipa cresceu de produção, sobretudo ofensiva e, cinco minutos depois, estava dada a reviravolta no marcador. Paulo Costa, com um daqueles centros que são quase meio golo, colocou a bola na cabeça de Miguel Tomás, que, com uma não menos perfeita execução, cabeceou fora do alcance de Ricardo. No segundo tempo, o Caldas tudo fez para chegar ao empate. Os forasteiros voltaram a ter maior iniciativa de jogo, jogaram mais tempo no meio campo contrário, mas não criaram grandes problemas ao sector recuado dos bairradinos. Tudo porque o seu meio campo esteve melhor no capítulo das marcações e mais pressionante, os sectores trabalharam imenso, foram grandes a defender e conseguiram reduzir os espaços ao adversário. Se é certo que o Caldas atacou mais, as melhores oportunidades foram do Oliveira do Bairro, que jogou da forma que mais gosta e que melhor sabe, em contra-ataque. Aos 67 minutos, na sequência de um livre, apontado por Paulo Costa, Tó Miguel, ao segundo poste, rematou para fora e, aos 74 minutos e em período de descontos, em lances de contra-ataque, iniciados por Luís Barreto, este nunca teve a esperteza necessária e a experiência desejada para servir os seus companheiros, como também matar todas as veleidades dos homens do Oeste. O perigo do Caldas só aconteceu aos 85 minutos, quando o melhor marcador da zona Centro, Pedro Alberto, rematou a rasar o poste direito da baliza de Mário Júlio. O juiz bracarense acumulou alguns erros, principalmente no julgamento dos lances. Discurso Directo Carlos Simões, treinador do Oliveira do Bairro: “Se não trabalhássemos assim...” Jogo num campo difícil e contra uma equipa difícil. Se não trabalhássemos como trabalhámos, não teríamos ganho. Há que realçar a entrega e determinação dos jogadores, que foram preponderantes na nossa vitória. Não deixámos jogar o Caldas, não estivemos bem na posse de bola, aspecto que teremos de melhorar, mas também era difícil jogar nestas condições climatéricas. Demonstrámos, mais uma vez, que a equipa está viva, num campeonato cada vez mais competitivo. Francisco Barão, treinador do Caldas: “Empate era condizente” Foi um bom jogo entre duas equipas que procuraram jogar para a frente. Entrámos melhor no jogo, o que nos deu vantagem, tínhamos o jogo controlado, até à felicidade do golo do empate e a vantagem ao intervalo era imerecida. No segundo tempo, alterei algumas coisas, continuámos a dominar o jogo, mas não tivemos grandes situações de golo flagrantes. Penso que no global da nossa exibição, merecíamos o empate. A Figura – Paulo Costa O golo da revolta Mais um desempenho de enorme qualidade de um jogador que não sabe jogar mal. Como também apetência para fazer o gosto ao pé, independentemente de tratar-se de um defesa, ou não. Aquele golo, meu Deus, merece ficar ligado aos compêndios do capitão e perdurar por muito tempo na mente de todos aqueles que assistiram à partida. Sem palavras, aquele remate! Não foi um remate por acaso. Foi, isso sim, de grande intencionalidade. Depois, aquele cruzamento (teleguiado) mortífero para o segundo golo. No resto, o capitão exibiu as qualidades do costume: nunca renegou a defender, jogou feio quando foi preciso, revelou segurança a atacar. Está naquela forma que nos habituou. (7 Jan / 17:30)

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