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01-04-2003

Autarquia quer mais polícias


Águeda

Águeda Autarquia quer mais polícias para travar aumento criminalidade O presidente da Câmara de Águeda, Castro Azevedo, defendeu hoje que a eventual constituição de milícias no concelho, face ao aumento da criminalidade, só pode ser travada com mais efectivos e postos de polícia. Segundo uma moção aprovada no Conselho Municipal de Segurança (CMS) e já remetida ao Ministério da Administração Interna, Governo de Aveiro e GNR a que a Agência Lusa teve acesso, aquele órgão considera ser «muito urgente« o reforço de efectivos nos postos da GNR em Águeda e Arrancada, bem como a instalação de uma unidade da PSP no concelho e a criação de serviços da GNR em Aguada de Cima e Fermentelos. O posto da GNR de Águeda serve 14 freguesias e tem 32 efectivos, enquanto o de Arranca, responsável pelo policiamento em cinco freguesias, dispõe de 10 militares. É um efectivo que, segundo o presidente da Câmara, corresponde a «metade das necessidades« deste concelho de 49.500 habitantes distribuídos por uma área de 380 quilómetros quadrados. «Os furtos a residências, estabelecimentos comerciais, indústrias e cidadãos, com agravamento nos últimos seis meses, resultaram em elevados prejuízos materiais e na insegurança das pessoas, que se vêem confrontadas com as mais adversas situações de intimidação, roubo e violação«, sustenta o CMS na moção remetida à GNR, Governo central e Governo Civil. Afirmando que «nem os cemitérios escapam aos larápios« e considerado que «a proliferação do vandalismo está bem patente«, o CMS critica o «descrédito« dos sistemas policial e judicial. Esse alegado descrédito «faz com que a grande maioria dos lesados não participe os delitos porque, de uma forma geral, os processos acabam por não ter quaisquer resultados«. Face a este quadro, surgem cíclicas ameaças de constituição de milícias - as mais recentes ocorreram nas freguesias de Aguada de Baixo e Borralha - que o responsável pela GNR de Águeda, capitão Alves, condena. «É uma forma errada de forçar o aumento do número de efectivos da GNR«, sustentou o oficial à Agência Lusa, na sua primeira declaração pública sobre o assunto. «Os índices de criminalidade de Águeda são semelhantes aos do resto do país, não havendo nenhuma onda de assaltos«, afirmou ainda o comandante da GNR de Águeda. Quanto ao número de efectivos sob seu comando disse apenas que «é o possível«. Em meados deste ano, o major-general Carvalho Figueiredo, da Brigada n/o 5 da GNR (Coimbra), reunira em Águeda com os autarcas, declarando que o estado da segurança no concelho «preocupa os comandos«, mas sublinhara que o posto de Águeda «é o nono com maior número de efectivos« da região Centro. Lusa (27 Set / 16:41)

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