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01-04-2003

Programa IDEIA satisfazem docentes


Aveiro

Programa IDEIA e cooperação empresas satisfazem docentes do Superior -sindicato A filosofia do programa IDEIA - Investigação e Desenvolvimento Empresarial Aplicado, anunciado em Aveiro pelo primeiro-ministro, agrada ao Sindicato Nacional do Ensino Superior, segundo um dirigente sindical. O programa IDEIA propõe a constituição de consórcios entre uma ou mais empresas e uma entidade do sistema científico e tecnológico nacional para desenvolver novas tecnologias, produtos e patentes. A título complementar, cria sistemas de incentivos à criação de núcleos de investigação e desenvolvimento nas próprias empresas, como nova forma de relacionar o conhecimento com o mundo empresarial. Segundo João Matos, da estrutura regional de Aveiro do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), «a ideia agrada« porque «há deficiências de base antigas no relacionamento da investigação com as empresas que é preciso corrigir, sendo a mais grave de todas índole organizativa«. «Não é por falta de esforço dos investigadores que não se terá avançado mais«, acrescentou o dirigente sindical. João Matos disse concordar também que uma parte dos docentes, pelo menos nas áreas tecnológicas, tenham uma oportunidade de fazer o seu trabalho nas empresas. «Só lhes dá vantagens«, sustentou. Uma especialista que trabalhou na preparação do IDEIA disse à Agência Lusa que o programa pretende criar «maior apetência da empresa para pedir investigação, como tem para procurar um produto ou uma máquina«. Pretende-se, por outro lado, fazer com que as universidades tentem orientar, cada vez mais, a sua investigação para as empresas, encarando-as como clientes preferenciais. A aliança crescente entre o tecido económico e universidades poderá, entretanto, acentuar-se no futuro, em função da tendência para a gestão empresarializada das escolas superiores públicas. Esse tendência dominará um debate a realizar sábado, pelo SNESup na Universidade de Aveiro por um painel que inclui João Vasconcelos Costa, consultor e ex-director do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, e Nuno Mendes, presidente da Federação Académica do Porto. Convidado estava também o subdirector-geral do Ensino Superior, José Manuel Paixão, que não comparecerá por ter de representar o ministro no estrangeiro, confirmou fonte do seu gabinete. «Não há razões para que se ponha fora de causa esse tipo de modelo de gestão«, disse a propósito João Matos do SNESup. «A tendência é para que exista cada vez mais autonomia nas universidades. Terão os seus orçamentos aprovados pelo Governo, mas em certa medida têm de se tornar empresárias, não só para poderem subsistir, mas também evoluir«, disse. «Há concorrência e quem oferecer melhor é que segue frente«, disse. JGJ Lusa/Fim (21 Set / 11:40)

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