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14-01-2016

Canal minimiza impacto das duas primeiras cheias



A Câmara Municipal de Águeda (CMA) acredita que a construção do canal secundário do Rio Águeda ajudou a evitar males maiores na zona baixa da cidade, após duas cheias no espaço da última semana. Com o canal artificial, resultado de um investimento a rondar os dois milhões de euros, que tem 22 metros de largura em cerca de 800 metros de extensão, o rio passou a ter dois percursos, com duas alternativas para escoar a água: uma é o leito normal e a outra é o canal que foi aberto, onde há muitos anos passava o “rio velho”.
O vice-presidente da CMA, Jorge Almeida, disse ao Jornal da Bairrada, que a obra “teve um grande impacto nestas duas cheias”. “Se não fosse o canal alternativo, a Rua Vasco da Gama tinha ficado debaixo de água, o que, felizmente, não aconteceu”, afirmou o autarca, explicando que “o canal secundário do rio Águeda tem como objetivo minorar os efeitos das cheias em Águeda, em conjunto com as intervenções na ponte do campo e na ponte de Óis da Ribeira, que ainda não estão concluídas, devido à falência do empreiteiro. “A obra justificou o investimento e teve um impacto positivo na cidade”, reforçou Jorge Almeida.
Recorde-se que no início do ano, o presidente da autarquia aguedense, Gil Nadais, disse estar convencido que “com este canal e as duas pontes deixaremos de ter as cheias que tanto incomodam as pessoas aqui na baixa de Águeda. É natural que o rio venha na mesma a galgar as margens e a inundar as várzeas, mas deixará de ser um problema na área urbana, com as dimensões que tem sido”.
Ainda de acordo com o vice-presidente da autarquia aguedense, nas duas cheias registaram-se derrocadas, situações que foram resolvidas pela Proteção Civil Municipal, tendo na primeira cheia, procedido à remoção de material lenhoso que se encontrava a boiar no rio. Neste último fim de semana, Jorge Almeida deu conta que ainda se registaram inundações em algumas casas em Macinhata do Vouga, devido ao excesso de água nas valas.
“O rio subiu devido à chuva forte que se fez sentir nas encostas do Caramulo e temos ainda hoje [terça-feira], algumas ruas inundadas, onde isso é frequente, como é o caso das estradas do Sardão”, disse Jorge Almeida, afirmando que “esta última cheia foi agravada pelas descargas da Barragem de Ribeiradio”.
As zonas de Fermentelos e de Perrães (Oliveira do Bairro), como habitualmente acontece, também ficaram debaixo de água.

Foto – Patrick Ferreira


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