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17-11-2015

“Tenho um desejo genuíno de conhecer histórias de vida”



Daniel Oliveira é dos rostos mais acarinhados da televisão. Entrevistador nato, apesar de contar apenas 34 anos de vida, já tem um legado que o vai fazer ficar na história dos programas da “pequena caixa” – ou alguém duvida que a pergunta “o que dizem os seus olhos” deixa uma marca semelhante ao “e esta, hein”? Longe do olhar, o jornalista, apresentador e escritor concedeu, via telefone, uma entrevista ao Diário de Aveiro. Nela, fala do livro, do programa e da sua já longa carreira na televisão. Quão longa? Dezoito anos. É verdade, caro leitor, não precisa de voltar atrás nestas linhas, nós ajudamo-lo: Daniel Oliveira tem 34 anos. E, nestas quase duas décadas, nem sequer estamos a contabilizar o facto de, aos 13 anos, ter fundado e dirigido um jornal desportivo (“Penalty”) que fazia sozinho (ver texto secundário).

Diário de Aveiro: “Alta Definição - Um novo olhar” é o terceiro livro que dedica ao programa. O que tem o “Alta-Definição” que o torna tão especial e apreciado pelo público?
Daniel Oliveira: Eu acho que é a verdade que o convidado traz até nós e que conseguimos colocar em cada programa. Essa verdade passa para o espectador. Aquilo que temos vindo a fazer ao longo destes seis anos é muito impactante para os espectadores e para aos convidados do programa. Passado este tempo, quem vem sabe que será bem tratado e que nós temos um interesse genuíno em conhecer a história de vida daquela pessoa. E isso ajuda no conjunto de muitos detalhes que tornam o programa naquilo que é. Não é só uma coisa: o Alta Definição tem uma série de componentes que fazem a diferença.

Este “novo olhar” que é anunciado no livro surge apenas por estarmos perante novos convidados?
Sim. É um conjunto de novos entrevistados e é também a assinatura que nós utilizamos no programa. É “um novo olhar” que recupera a metáfora da questão final do programa. O livro tem 21 convidados – nós gostaríamos que fossem muitos mais, mas não é possível condensar 300 programas num livro –, e tentámos que os entrevistados que foram escolhidos representem todos os outros. Procuramos ter várias áreas de actividade – músicos, actores, políticos –, que, de alguma forma, representam todos os outros que cá passaram. Eu estou muito satisfeito com o naipe de convidados que temos neste livro.


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