O livro “Oliveira do Bairro – Alma e Memória”, segunda edição, uma monografia da freguesia de Oliveira do Bairro, vai ser lançado sábado, dia 24 de outubro, pelas 16h, no salão da Câmara Municipal. Esta obra de Armor Pires Mota, editada pela primeira vez em 2002, será apresentada pelo historiador e escritor bairradino Amaro Neves, seguindo-se depois uma sessão de autógrafos. A Câmara Municipal ofereceu metade da tiragem (500 dos 1.000 exemplares) à Comissão Fabriqueira da Paróquia de Oliveira do Bairro, para que a receita dos mesmos reverta a favor das obras de reabilitação e conservação da Igreja Matriz de Oliveira do Bairro. O livro estará disponível para venda no próprio dia da apresentação por 15 euros e poderá ser adquirido posteriormente junto da Paróquia e na Livraria Municipal.
Segundo Armor Pires Mota, “o livro «Alma e Memória» não é mais do que a monografia da freguesia de Oliveira do Bairro, corrigida e aumentada, abrangendo uma grande variedade de apontamentos históricos. Um livro do género nunca sai completo, porque, entretanto, outros documentos, que não estiveram ao nosso alcance, acabaram por ser descobertos mais tarde. E seria pena não os dar a conhecer, registá-los”.
“Oliveira do Bairro – Alma e Memória” aborda assuntos tão diversos como a toponímia, o património arquitetónico religioso de todas as terras que compõem a freguesia, figuras da política e da igreja, usos e costumes, ou temas tão específicos como a história do cultivo do arroz no vale do Cértima. O último capítulo da obra, revista e aumentada para esta segunda edição, apresenta o retrato fotográfico da vila antiga, confrontando com os espaços modernos da cidade de hoje.
História. De acordo com o autor, “esta é uma reedição da primeira que foi publicada em 2002 e era obra que, praticamente, estava esgotada há dez anos. Julgo que havia assim mais do que razões para ser feita uma nova edição, trabalho que, por diversas circunstâncias, se veio a arrastar no tempo, até que finalmente, volta a estar aí. Com nova documentação (algumas terras foram de el-rei D. Dinis, como Recamonde, Lavandeira, etc.); com a explicação da origem do nome do lugar da Serena, que nem sempre assim se chamou; com os problemas do tempo da República, o saque dos bens da igreja, o longo processo da Residência Paroquial que opôs o padre Manuel Rodrigues ao governo, e ainda a polémica à volta do Centro Republicano Caridade de Oliveira do Bairro e outras notas”.
Legado. Armor Pires Mota explica ainda que “se trata de uma edição de luxo, tamanho A4, assim o entendeu a Câmara Municipal, na medida em que é ilustrada com imensas fotografias a cores. Estou satisfeito, não tanto por mim, mas pelo que representa para a Câmara, para a história e memória local e para os vindouros”.
“Trata-se de um verdadeiro legado às futuras gerações. E também feliz porque metade da edição foi oferecida ao Concelho Económico da Fábrica da Igreja da Freguesia de Oliveira do Bairro, com o objetivo de angariarem fundos para fazer face às enormes despesas com o restauro do templo.” “É ideia com que eu comungo, pois, por coincidência ou não, lancei-a, dentro de outro contexto, ao ex-padre Francisco José Martins”, afirma Armor Pires Mota.
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