O projeto de resolução que recomenda ao Governo a mudança de classificação do “Museu de Aveiro” para "Museu Nacional de Aveiro", vai estar hoje à tarde em discussão na Comissão de Educação, Ciência e Cultura. Na mesma reunião, a comissão discute um outro projeto de resolução, do Bloco de Esquerda, que “recomenda a suspensão da municipalização de museus até uma reavaliação das suas coleções para a atualização das classificações como museus nacionais ou municipais”.
Após a discussão do naquela comissão, o projecto de resolução dos socialistas será votado pelo plenário da Assembleia da República, provavelmente na próxima sexta-feira. Se for aprovado, o Governo recebe a recomendação e será desencadeado o processo, que passará por ouvir o Conselho Consultivo dos Museus.
Filipe Neto Brandão disse ontem ao Diário de Aveiro que “dificilmente é concebível” que a classificação do Museu não seja nacional, adiantando que cumpre os critérios da “Lei Quadro dos Museus Portugueses”.
O projecto de resolução desete deputados do PS, Filipe Neto Brandão, Pedro Nuno Santos, Sérgio Sousa Pinto, Rosa Maria Bastos Albernaz, António Cardoso, Inês de Medeiros e Maria Gabriela Canavilhas, apresenta várias razões para a mudança de classificação. “Relevante para polarizar qualquer estratégia de desenvolvimento cultural”, os deputados referem que o Museu de Aveiro é “também olhado, sentido, interpretado e considerado por todos como um museu que extravasa o âmbito local ou até regional, para assumir uma verdadeira vocação nacional, com projeção internacional”.
Com o túmulo de Santa Joana como “Monume
nto Nacional”, entre outros aspectos, é “inegável” o interesse nacional do seu património, segundo os socialistas sobre um museu que “vem representando o país nas melhores exposições nacionais e internacionais” sendo que o seu acervo “ilustra diferentes entradas da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira de Cultura e é incontornável a sua integração em todas as grandes obras editadas abordando a arte portuguesa e a arte em Portugal”. O museu integra ainda, alegam, “equipas de projetos de investigação de âmbito nacional”. |
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