No âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa e relacionado com a investigação de fraudes ao SNS, a Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ deteve dois homens, de 62 e 31 anos, e duas mulheres, de 50 e 56 anos, pelos crimes de falsificação de documento agravada e burla qualificada, adianta a PJ em comunicado.
A Polícia Judiciária conseguiu averiguar “um esquema fraudulento executado por pessoas com ligações ao ramo farmacêutico, que terão obtido lucros ilícitos através da apresentação em farmácias de receituário contrafeito referente a medicamentos com elevada taxa de comparticipação”.
Durante a investigação, que contou com a colaboração do Ministério da Saúde, foi também apreendido receituário, medicamentos, dinheiro em numerário, armas e munições, bem como material informático e de comunicações, refere a PJ.
Os quatro detidos foram presentes a tribunal, ficando um deles em prisão preventiva e os restantes sujeitos a medidas de coacção de inibição de exercício de funções e caução, para além do termo de identidade e residência.
A PJ indica ainda que a investigação vai continuar para determinar todas as condutas criminosas e o seu alcance, bem como o prejuízo total causado ao Estado português através de comparticipações obtidas fraudulentamente do SNS e às farmácias que se encontram lesadas.
|