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24-01-2015

“Ílhavo vai ser inspiração para um novo desejo”



Mónica Ferraz afirma não ser a melhor pessoa para falar de si mesma. É tímida. E nunca o esconde, ao longo de cerca de 15 minutos de conversa que teve com o Diário de Aveiro. Afirmando preferir encarar o público nos concertos do que as perguntas de uma entrevista – mesmo que esta seja feita por telefone –, a artista que actua esta noite (22 horas), no Centro Cultural de Ílhavo, lá desvendou um pouco do que o público pode esperar daquele que será o primeiro concerto de uma nova digressão. Pelo meio – quase sem se aperceber – anunciou, em “primeira mão”, que já está a trabalhar num novo álbum. Sem datas. Sem pressões. É assim que se sente melhor. Com poucas entrevistas, também. Nós percebemos. Mas insistimos.

Diário de Aveiro: Depois de alguns anos como vocalista dos “Mesa”, a sua carreira a solo leva quase cinco anos. Que balanço faz deste período?
Mónica Ferraz: Eu tive uma digressão bastante grande para a apresentação do meu primeiro álbum, o “Start Stop” que, felizmente correu bem. Não sou pessoa de criar muitas expectativas e, portanto, tudo o que recebo é óptimo para mim porque não estou à espera de nada em concreto. O meu primeiro disco foi bem aceite pelo público e pela imprensa, tive casas sempre cheias e foi muito importante logo no primeiro disco ter esse apoio de toda a gente.

Por que decidiu chamar “Love” ao seu novo álbum? Quer falar um pouco do todo o processo que percorreu para o lançar?
O produtor deste álbum foi o André Indiana – que é também compositor e, juntamente comigo, letrista . O álbum foi feito durante o tempo da digressão. Eu não gosto de grandes pressões, por isso não decidi: “agora vou fazer um disco”. Eu nunca paro. Vou sempre escrevendo músicas e compondo. Tenho a felicidade de ter um estúdio e é muito fácil estar constantemente a compor, sem sentir a pressão de ter de ir três meses para um estúdio para compor um disco. O “Love” foi feito falando de histórias que eu vi, ou que me contaram durante a digressão. Entretanto também fui mãe, o que foi uma grande inspiração para este álbum. O nascimento do meu filho foi uma felicidade muito grande, portanto, há uma grande parte de amor, e não tanto do desamor.


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