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26-12-2014

“Poderei recandidatar-me se as sondagens disserem que sou a pessoa indicada para o fazer”



Em entrevista ao Diário de Aveiro, Rui Marqueiro, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, admite, pela primeira vez, poder recandidatar-se a um novo mandato, caso os estudos de opinião digam que o deva ser.
No final do primeiro ano de mandato, o autarca confessa alguma “angústia” por não poder corresponder a todas as necessidades da população e reconhece que os “os tempos são agora mais difíceis” para quem tem de governar uma autarquia. Orgulha-se que quase todas as decisões do Executivo sejam tomadas por unanimidade e não tem dúvidas que se os fundos comunitários acabassem seria “um desastre nacional”.

Diário de Aveiro: Qual o balanço que faz deste primeiro ano de mandato?
Rui Marqueiro: As exigências legais e regulamentares são claramente maiores do que aquelas que existiam nos anos noventa, quando já tinha desempenhado estas funções aqui na autarquia. As relações entre as pessoas tornam-se também mais difíceis porque os sobrecarregam com leis. Globalmente diria que as coisas correram bem. A nossa campanha focou-se nas pessoas e centrava-se na democracia participativa, o que tem vindo a acontecer, com a proximidade que tentamos estabelecer com a população.
Por outro lado, sinto também uma certa angústia porque os recursos, quer humanos, quer financeiros, deixam-nos longe de atender todas as necessidades colectivas. E isto porque estamos sujeitos a severas restrições financeiras, porque decidimos aliviar a carga fiscal aos munícipes, e, por outro lado, porque as limitações impostas fazem com que não tenhamos os recursos humanos que seriam necessários. Veja que temos 286 funcionários e seis chefias para gerir todo este pessoal. Acho que isto é inacreditável. Ou seja, os tempos agora são mais difíceis.


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