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NOTÍCIAS |  | | 01-04-2003
| Trabalhadores pedem auditoria a contas
| | Águeda |
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Trabalhadores pedem auditoria a contas da ´António Pereira Vidal´, de Águeda
Cerca de três dezenas dos 50 trabalhadores da fiação António Pereira Vidal, de Águeda, pediram ao Governo que realize uma auditoria às contas da empresa que se encontra sem laborar desde o início de Julho.
O pedido foi feito ao governador civil de Aveiro, com quem os trabalhadores estiveram reunidos esta tarde para reclamar a intervenção do Governo na resolução do problema da empresa de Arrancada do Vouga, que atravessa um processo de recuperação.
A empresa está sem energia eléctrica desde há cerca de ano e meio, por dívidas à EDP, tendo funcionado até ao final do mês de Junho com recurso a um gerador alugado, entretanto retirado pelo proprietário.
O recurso a um gerador alugado foi um dos exemplos apontado pela dirigente sindical têxtil, Leonilde Capela, como «indícios de má gestão«, e que levou os trabalhadores a sugerir a realização de uma auditoria às contas da empresa.
«A administração gastava mensalmente cerca de três mil contos com o aluguer e o combustível do gerador, quando pagavam cerca de metade desta verba à EDP«, revelou Leonilde Capela.
Na sua opinião, a empresa é viável e não tem falta de trabalho. «Há 29 toneladas de fio de tricot para sair até Setembro«, afirmou Leonilde Capela, admitindo que haja «interesse« em levar a fiação à falência. «Se a empresa não começar a trabalhar antes da próxima assembleia geral de credores, marcada para o dia 26 de Agosto, estes perdem a confiança«, justificou.
Durante a reunião, ficou ainda decidido que o governador civil irá convocar uma reunião com a administração da empresa e os trabalhadores no sentido de procurar uma solução para retomar a laboração.
Segundo Leonilde Capela, os 50 trabalhadores da António Pereira Vidal, que desde 01 de Julho se concentram à porta da empresa «para pressionar o patronato a resolver a situação«, são credores de 40 por cento do salário de Março de 2001, 60 por cento do subsídio de Natal de 2001, e do mês de Julho.
Lusa
(13 Jul / 01:33)
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