Várias estrelas paraolímpicas, atletas internacionais do desporto adaptado, estiveram, ontem, na Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Vagos, no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, durante o ano em que aquele estabelecimento de ensino está a comemorar os 25 anos.

São cerca de 30 os alunos daquela escola com necessidades educativas especiais e ontem foi um dia, também, especial. Entre outros do desporto adaptado, o atleta paralímpico, Nuno Pontes, participou no torneio de ténis de mesa e referiu-se à importância da “divulgação da modalidade e a integração, fundamental, das pessoas com deficiência no desporto”, disse ao Diário de Aveiro. Contudo, tudo podia ser melhor.
Além de acções pontuais, o atleta também apontou para a necessidade de mais conhecimento do desporto adaptado e paralímpico.
Há alguns sinais positivos como a integração de modalidades adaptadas nas federações de atletismo e golf assim como a de ténis de mesa, precisamente através de Nuno Pontes. “Participar numa prova é mostrar a toda a gente e demonstrar ao mundo, que somos como todos, temos de ser integrados no quotidiano, sem complexos e se conseguimos trazer mais medalhas do que ‘os outros’ devíamos ser mais reconhecidos e mais apoiados”, disse ao Diário de Aveiro.

Nuno Pontes falou ao nosso jornal momentos antes de Pau­lo Henriques, campeão mundial dos 1500 metros - IAADS, e de João Gregório, vice campeão europeu dos 1500 metros - IAADS, que alinharam na prova de corta-mato. Ontem também participaram João Lobo, atleta internacional de ténis em cadeira de rodas e a paralímpica Sara Duarte que fez uma demonstração equestre.

Todos se encontraram na sessão de abertura do “Dia Diferente” e a docente de educação especial, Maria Mirassol, disse a todos que as “medalhas” que a escola tem para dar são, sobretudo, “amor, alegria e equidade”.
A escola defende a inclusão para modificar as “atitudes discriminatórias”.