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01-04-2003

OBSC, 3 - S. João Ver, 3


II Divisão B

II Divisão B Oliveira do Bairro Sport Clube, 3 - S. João de Ver, 3 Segunda parte em bom plano Lacunas fatais Manuel Zappa Estádio Municipal de Oliveira do Bairro. Árbitro: António Marçal. Auxiliares: José Lima e Fausto Marques. Equipa do CA da AF Lisboa. OLIVEIRA DO BAIRRO - Mário Júlio (2); Paulo Costa (4), Alves (2), Rui Costa (2) e Vitinha (2); Pedro Paula (3), Tó Miguel (3) Mário João (2) e Pazito I (3); Óscar Romero (2) e Miguel Tomás (4). Substituições: Aos 46m, Mário João por Jorgito (2); 87m, Óscar Romero por Alexis (-). Treinador: Hassan Ajenoui. S. JOÃO VER - Nuno; Miguel, Ruben, Hugo e Pedro Pais; Augusto (Álvaro, 77m), Daniel, Nogueira e Robalinho (Bruno, 66m); Roberto e Celestino (César, 70m). Treinador: Perduv. Ao intervalo: 1-2 Marcadores: Miguel Tomás (13 e 75m, g.p.), Celestino (39m), Nogueira (42 e 81m) e Paulo Costa (57m). Disciplina: cartão amarelo a Rui Costa (21m), Roberto (63m), Tó Miguel (83m) e Alves (90m). Vermelho directo a Álvaro (83m) e Hugo (85m). Estatística 14 Faltas 20 12 Remates 7 7 Cantos 2 2 Livres perigosos 2 3 Foras-de-jogo 2 Há jogos em que, por vezes, a sorte é madrasta. Outros há em que uma equipa, sem fazer nada por isso, vê-se bafejada pela fortuna dos deuses. Neste patamar de ideias, ao Oliveira do Bairro faltou-lhe uma ponta de sorte, ao contrário do que sucedeu com o seu adversário. Os Falcões, a perder, deram a volta ao marcador, sofreram novo golo, na única vez que o S. João Ver foi à sua baliza em todo o segundo tempo, tendo francas hipóteses de conquistar os três pontos, caso Miguel Tomás não tivesse desperdiçado a segunda grande penalidade de que dispôs. Mas sofrer três golos em casa, sobretudo pelas facilidades concebidas, é caso para alguma reflexão. A exemplo do que tem sucedido em anteriores jogos no seu reduto, o Oliveira do Bairro iniciou o jogo em bom plano, acabando por materializar o seu ascendente com um golo, obtido cedo. Pazito centrou na esquerda e Miguel Tomás, com um desvio oportuno, de cabeça, bateu tudo e todos. Era previsível que os bairradinos mantivessem a mesma toada ofensiva, mas acabou por ser sol de pouca dura. Após o golo, a equipa de Hassan entrou numa toada morna e de grande sobranceria de processos, diga-se usual nos jogos já realizados em casa, o que permitiu ao S. João Ver subir no terreno e provocar alguns desequilíbrios no último reduto contrário. Todavia, mesmo praticando um futebol bonito e sem grande profundidade atacante, os visitantes não desperdiçaram a apatia local, aproveitando dois brindes da defesa contrária para dar a volta ao marcador no espaço de três minutos. O primeiro golo surgiu de uma desatenção de Tó Miguel e Mário João, que abriram alas para a entrada de Celestino, de nada valendo o esforço de Alves. O segundo nasceu de uma diagonal perfeita, da esquerda para a direita, de Daniel para Nogueira, que aproveitou o adiantamento de Vitinha, para, na cara de Mário Júlio, marcar um golo esquisito. O intervalo chegou com um grande amargo de boca para as hostes locais, que acabou por castigar os altos e baixos que caracterizaram a exibição do Oliveira do Bairro, que, uma vez mais, não foi capaz de manter um comportamento uniforme. Comportamento bem diferente teve a equipa na segunda parte. Finalmente, os jogadores conseguiram libertar-se de algumas amarras, tendo rubricado os melhores segundos 45 minutos da época. Mal António Marçal deu o pontapé de saída para a etapa complementar, o Oliveira do Bairro asfixiou o S. João Ver no seu meio campo e, aos 57 minutos, Paulo Costa, na transformação superior de um livre, voltava a dar novo alento à sua equipa. O golo foi determinante para a grande subida de rendimento. O futebol praticado foi de qualidade acima da média, com o flanco direito, então constituído por Paulo Costa e Miguel Tomás, a fazer mossa. Aos 64 minutos, após um centro deste jogador, Miguel afastava sobre a linha de golo um cabeceamento de Tó Miguel e, volvidos onze minutos, o merecido golo. Miguel Tomás fugiu pela direita, entrou na área, sendo placado por Miguel. Uma gravata de nó curto e com algumas reticências, que o árbitro lisboeta não teve. O próprio Miguel Tomás não desperdiçou a respectiva grande penalidade. Ao contrário da primeira parte, a equipa não baixou os braços perante a vantagem adquirida e, aos 78 minutos, Jorgito correspondeu a um belo centro de Miguel Tomás e só não bateu Nuno porque o guarda-redes forasteiro fez a defesa da tarde. O jogo parecia mais do que certo, tal era a fragilidade do S. João Ver em criar perigo e, mais do que isso, sair com a bola jogável do seu meio campo. Mas como o futebol é uma caixinha de surpresas, na primeira vez que a equipa desceu à área contrária, fez o empate. Pedro Pais centrou para a área, Alves falhou a intercepção e Nogueira fez um chapéu a Mário Júlio. O Oliveira do Bairro não baixou os braços e, pouco depois, beneficiou de um claro penalty, a castigar derrube de Hugo a Jorgito. Chamado a cobrar o castigo máximo, Miguel Tomás rematou a contar, mas a bola caprichosamente foi bater no poste esquerdo da baliza de Nuno. Um balde de água fria, tanto para os Falcões que justificaram em pleno a vitória, como para Miguel Tomás que não merecia tremenda injustiça. Contas feitas, o Oliveira do Bairro volta a perder pontos em casa. Pode e deve queixar-se da falta de sorte, mas também terá de apontar a si próprio os erros cometidos. Arbitragem não isenta de erros, tanto no capítulo técnico como disciplinar. Discurso Directo Hassan Ajenoui, treinador do Oliveira do Bairro: “A tranquilidade do segundo golo” Depois da obtenção do primeiro golo, faltou-nos o segundo, de forma a dar a tranquilidade necessária nos jogos em casa. Isso não aconteceu e os dois primeiros do adversário foram duas prendas nossas, uma falta de concentração absoluta da defesa. A equipa soube reagir, deu a volta, e só foi pena não termos transformado o segundo penalty, que nos daria a vitória. Num campeonato tão equilibrado, continuamos sem perder em casa. Perduv, treinador do S. João Ver: “Lamento as expulsões” Penso que o empate é um resultado justo. Foi um jogo em que as duas equipas jogaram para ganhar, tiveram as suas oportunidades, talvez mais o nosso adversário. Estou satisfeito com a prestação dos meus jogadores e só lamento as duas expulsões, principalmente a primeira. Álvaro nada fez para ser expulso. A Figura – Paulo Costa Sempre nos limites Em forma não sabe jogar mal. A atitude, a pujança e a raça como se entrega a cada lance, a velocidade nas acções ofensivas, sempre de trás para a frente, permitiram-lhe abrir espaços e desequilíbrios no meio campo contrário. O capitão correu quilómetros, jogou sempre nos limites e encarnou, tal como contra o S. J. Ver, a mística do Falcão. Dividiu com Miguel Tomás o estatuto de melhor em campo, mas aquele penalty..., ao contrário do livre à “Simão”, que ajudou a dar a volta ao resultado... (4 Nov / 15:05)

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