Utentes surpreendidos com a greve de administrativos e auxiliares da Saúde e portas fechadas nalgumas instalações cuja abertura depende dos auxiliares. A greve de 24 horas está a condicionar o acesso a hospitais e centros de saúde em todo o país.

A marcação de consultas e o atendimento nos hospitais e centros de saúde são os serviços mais afetados. Os profissionais denunciam que os horários estão desregulados, exigindo por isso a reposição das 35 horas semanais, e advertem para a falta de pessoal.

Já os utentes lamentam a falta de divulgação. Na Unidade de Saúde na Gafanha da Nazaré, médicos e enfermeiros ficaram à porta porque não havia acesso ao edifício.

“Acho que têm direto à greve mas deviam avisar sobre o dia da greve para que os utentes se preparassem. Há greves que os utentes não conhecem. Assim estão a secar. Estou na reforma e não tenho problema mas quem está no ativo tem problemas”.

Outro utente lamentava a situação porque foi obrigado a fazer uma viagem de Vigo até à Gafanha da Nazaré por uma consulta marcada há dois meses. “Desloquei-me de longe para estar aqui às 10h e as portas estão fechadas. Foi uma surpresa. Ao que descontamos, ainda recebemos isto. É um caos. Não há informação nem explicação. Perdi o dia e saio daqui sem as análises vistas”.