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01-04-2003

Sindicato denuncia castigo de trabalhador, empresa nega


Mealhada

Mealhada Sindicato denuncia castigo de trabalhador, empresa nega O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Centro (STTRUC) denunciou hoje um alegado castigo de um trabalhador por uma empresa do ramo, por recusa de rescisão do contrato, mas a gerência nega as acusações. Segundo o sindicato, um electricista da empresa Manuel Ferreira Rama encontra-se, há cerca de um mês, «de castigo no sótão« das instalações, após ter recusado rescindir o contrato de trabalho por mútuo acordo. «Esta situação é inadmissível por parte da gerência de uma empresa de transportes, que até é possuidora do símbolo de qualidade«, acusa a direcção do STTRUC. O responsável da firma de transportes internacionais de Santa Luzia, Barcouço (concelho da Mealhada), João Madeira, negou hoje a acusação e adiantou que deixou de ter serviço para atribuir ao electricista, devido ao facto de a maioria dos veículos da frota estar a ser assistida no âmbito de contratos de manutenção celebrados com outras empresas. «O trabalhador recusou a indemnização proposta (na ordem dos dez mil euros - dois mil contos). Tentámos arranjar- lhe emprego noutras empresas do mesmo ramo e não quis«, disse o responsável à Agência Lusa. O comunicado do Sindicato refere que o trabalhador foi «colocado no sótão da empresa, onde é impossível permanecer em dias de calor, só lhe sendo permitido sair para ir à casa de banho, sem atribuição de quaisquer funções«. João Madeira referiu que têm sido atribuídas tarefas ao electricista, dando-lhe «peças para limpar e pequenas reparações«. «É uma notícia aberrante, sem a mínima razão de ser«, afirmou o responsável da empresa, reagindo ao comunicado. Ao acusar o Sindicato de ter «conduzido mal« a negociação para a rescisão, João Madeira desafiou a estrutura sindical a preocupar-se «com as empresas que não pagam aos trabalhadores«. Segundo Artur Reis, dirigente sindical, a situação do trabalhador excedentário, com cerca de três décadas de casa, foi comunicada ao Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho (IDICT) de Aveiro. Lusa (26 Jun / 13:27)

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