A Associação Nacional das Indústrias de Duas Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins (ABIMOTA), que possui o único Laboratório acreditado para Ensaios de bicicletas e componentes na Península Ibérica, venceu um concurso público internacional para preparar a acreditação dos dois primeiros laboratórios de bicicletas federais no Brasil. Apesar de ainda "incipiente", o mercado brasileiro "está em franco crescimento, sobretudo na área das bicicletas de desporto, fruto do espírito olímpico que já se sente no país". Manaus (capital do estado federal da Amazónia) e Teresina (capital do estado federal do Piauí) serão os primeiros municípios brasileiros a dispor de testes de acordo com as normas internacionais por serem também aqueles "onde se concentra maior produção industrial na área das bicicletas". Depois de, no ano passado, ter realizado a capacitação das equipas responsáveis pela montagem destes dois novos laboratórios, a ABIMOTA foi a entidade escolhida no âmbito de um concurso internacional lançado pelo projecto Econormas da Mercosul – Mercado Comum do Sul, do qual fazem parte Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela (membros plenos) e Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru (membros associados). Este projecto faz parte do Programa Indicativo Regional (PIR) para a cooperação da União Europeia com o Mercosul, inserindo-se o concurso na vertente 'RTyPECs', que visa "promover a convergência normativa e regulamentadora e o fortalecimento das competências regionais de avaliação da conformidade de produtos". Entre 23 de Agosto e 15 de Setembro, os técnicos da ABIMOTA estarão no Brasil com duas missões: Acreditação dos dois laboratórios, que, neste momento, se encontram em fase de montagem e montar e validar procedimentos específicos dos testes a componentes e bicicletas, "o que contribuirá para tornar os produtos mais confiáveis e tornar as trocas comerciais facilitadas, beneficiando a economia dos estados da Amazónia e do Piauí". Este projecto reforça o volume de negócios do Laboratório de Ensaios da ABIMOTA (LEA) proveniente dos mercados internacionais, que representam já 20% da facturação. Recorde-se que a internacionalização dos seus serviços, em particular nas áreas das bicicletas, componentes e capacetes, faz parte da estratégia da associação até 2020. |